Volta as aulas: veja como conseguir desconto no material escolar

Falta muito pouco para a volta as aulas, o ano letivo deve iniciar a partir da primeira semana de fevereiro em grande parte dos municípios brasileiros. Para as crianças fica a expectativa de retornar para a escola, rever os amigos e conhecer a professora (o). Mas para os pais o retorno dos filhos para a vida escolar vai muito além disso, e envolve os gastos com o material escolar, uniforme, e outros.

Volta as aulas: veja como conseguir desconto no material escolar
Volta as aulas: veja como conseguir desconto no material escolar (Imagem: FDR)

Segundo a Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (ABFIAE), há uma alta de 20% a 30% no valor do material escolar para esse ano. Algumas das explicações para esse fato têm relação com o aumento no preço da matéria-prima, como o papel. Além da inflação da China, que é a principal exportadora, e o aumento do valor cobrado pelo frete.

É não é só isso, quando for comprar os itens básicos para que o estudante retorne para a sala de aula, os pais devem estar atentos a variação de preço. Tudo porque, um mesmo produto pode ter valor diferente dependendo do local de compra e da marca.

Para se ter uma ideia dessa variação, o Procon de Alagoas fez uma pesquisa relativa a 35 itens de material escolar em seis papelarias de Maceió. A variação de preço de um estabelecimento para outro foi de 95%. Por exemplo, para o grafite nº05 o menor preço encontrado foi de R$ 1,95 e o maior de R$ 32,00.

Direitos do consumidor na compra do material escolar

É comum que a escola, seja pública ou privada, envie para os pais uma lista com o material escolar que o estudante vai usar ao longo do ano. Antes de fazer a compra, porém, os pais precisam entender quais seus direitos como consumidor e o que pode ou não ser cobrado pela escola.

Vale estar atento as regras como:

  • Na lista de material escolar somente pode ser solicitados itens de uso exclusivo da criança, exemplo: lápis, borracha, caderno, apontador, pincel, e etc.;
  • Itens de uso compartilhado não devem ser responsabilidade dos pais, exemplo: papel higiênico, papel toalha, copos descartáveis, e outros.
  • A escola e/ou instituição de ensino não pode exigir marca ou local de compra dos itens mencionados na lista;
  • Não é permitido cobrar taxa extra para compra de materiais de uso coletivo;
  • Os pais têm o direito de parcelar o envio da lista de material, ou seja, completar o envio de todos os itens ao longo dos meses.

Para os pais e responsáveis fica a orientação de que procurem a direção da escola caso não tenham renda suficiente para comprar todos os itens mencionados na lista de material escolar. Na rede pública, cabe ao município fornecer ajuda a essa família.

Como economizar na compra do material escolar

O IDEC (Instituto de Defesa ao Consumidor) listou dicas para economizar na compra do material escolar. A ideia é evitar que essa prática se torne mais um peso no orçamento apertado das famílias brasileiras.

Reutilize os objetos

  • Olhe o estojo e mochila do seu filho e identifique itens escolares que foram usados no último ano e podem ser reaproveitados. Como a própria mochila e o estojo, alguns lápis e canetas, entre outros.

Faça troca com amigos

  • Essa dica vale principalmente para livros e material didático. Pode ser interessante trocar com outros pais de alunos mais velhos ou mais novos, os itens que poderão ser reaproveitados.

Faça uma boa pesquisa

  • Antes de fechar a lista em uma mesma papelaria, pesquise os preços. Leve a lista em diferentes locais e faça um orçamento. Também vale a pena pesquisar o valor de um mesmo produto, mas com marcas diferentes.

Compre em grupo

  • Produtos vendidos em atacado tendem a ser mais baratos. Vale a pena reunir um grupo de pais e fazer a compra em conjunto.

Evite materiais de personagens

  • Devido ao apelo emocional, os itens de material escolar com personagens são mais caros. São sempre aqueles mais coloridos, com o desenho da moda, e etc. Por isso, a recomendação é evitá-los, e aí entra outro conselho, o de não levar as crianças para fazer as compras.

Exija nota fiscal

  • Ao exigir nota fiscal, caso algum item venha quebrado ou apresente defeito, o consumidor consegue solicitar a troca. Vale lembrar que o estabelecimento não é obrigado a substituir itens que estragarem por mau uso.

Lila CunhaLila Cunha
Formada em jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) desde 2018. Já atuou em jornal impresso. Trabalha com apuração de hard news desde 2019, cobrindo o universo econômico em escala nacional. Especialista na produção de matérias sobre direitos e benefícios sociais. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: lilacunha.fdr@gmail.com