Os depósitos do Bolsa Família de janeiro começaram nesta quarta-feira, 18, e seguem até o próximo dia 31. A expectativa é que a aplicação do benefício seja capaz de fomentar os setores de comércio e de supermercados.
Mesmo com o aumento de R$ 200, fixando a parcela do Bolsa Família em R$ 600, a alta da inflação fechada em 5,79% em 2022, afeta o poder de compra dos brasileiros. Outro fator que também deve ser considerado é a alta da cesta básica em 18% no ano passado, conforme apontado em pesquisa realizada pelo Departamento Intersindical Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
O conjunto desses fatores afeta a efetividade do Bolsa Família. De toda forma, especialistas apontam que o principal uso do benefício de R$ 600 deve ser na compra de alimentos, itens de higiene pessoal e limpeza nos supermercados, fomentando o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023.
Bolsa Família de R$ 600 compra cesta básica?
A alta da cesta básica chegou a 18% durante 2022 em 17 capitais brasileiras. Em determinado momento, o conjunto de alimentos comprometeu até 60% do salário mínimo, o equivalente a R$ 727,2.
O valor médio gasto na compra de alimentos é R$ 127,2 mais caro do que a quantia paga mensalmente aos beneficiários do Bolsa Família. Atualmente, a transferência de renda é de R$ 600. Logo, mesmo com o amparo concedido pelo Governo Federal, o cidadão ainda precisaria desembolsar determinada quantia para comprar os itens básicos necessários.
Valor do Bolsa Família em janeiro
Conforme articulado pelo recém empossado governo Lula, em janeiro, o programa social continuará pagando a parcela no valor de R$ 600. A quantia será paga até que o fim desta transferência de renda seja oficializado.
Já a MP que regulamenta o retorno do Bolsa Família, estabelece o pagamento de um benefício fixo no valor de R$ 600 aos segurados do Bolsa Família 2023. Além disso, os beneficiários que tiverem filhos de até seis anos de idade, terão a chance de receber um extra de R$ 150 para cada. O benefício pode chegar a R$ 900 em alguns casos.
A quem o Bolsa Família é direcionado?
A elegibilidade é distribuída em dois grupos, o primeiro formado por pessoas em situação de extrema pobreza, cuja renda familiar per capita chega a R$ 105. O segundo consiste nas pessoas em situação de pobreza com renda familiar per capita entre R$ 105,01 a R$ 210.
Há três possibilidades para recebimento do Auxílio Brasil:
- Se já tinha o Bolsa Família: Auxílio Brasil será pago automaticamente;
- Se está no CadÚnico, mas não recebia o Bolsa Família: vai para a lista de reserva;
- Se não está no CadÚnico, é preciso buscar um Cras para registro, sem garantia de receber.
É extremamente importante lembrar que a família deve ser composta por algum desses componentes:
- Crianças;
- Gestantes;
- Mães que ainda estão em processo de amamentação;
- Adolescentes;
- Jovens entre 0 a 21 anos incompletos.