A cidade de Feira de Santana, na Bahia, foi escolhida para dar início ao retorno do Minha Casa Minha Vida. Essa seria uma forma de se aproximar do estado que dedicou pelo menos 72% dos votos ao presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições 2022. No entanto, a entrega das moradias que deveria acontecer no dia 20 de janeiro foi adiada pela equipe do chefe da União. Ainda não há uma nova data para que Lula compareça até o município baiano.
Embora a assessoria de Lula não tenha dado detalhes e não tenha sido informado nenhum motivo que levou ao cancelamento da viagem a cidade de Feira de Santana, a situação foi trazida pela Casa Civil. A avaliação é de que as casas que seriam entregues em nome do programa Minha Casa Minha Vida, na verdade precisam ser reformadas.
A Casa Civil acredita que dos 4 mil imóveis que já estariam pronto, apenas 1,4 mil realmente estão aptos a serem entregues para os moradores. Isso porque, existe uma série de problemas com a estrutura das casas que podem ser um fator de risco caso sejam liberadas para moradia.
Diante disso, a entrega dos imóveis pelo Minha Casa Minha Vida deve demorar mais 30 dias, prazo para que novas reformas sejam feitas. Foi o ministro da Casa Civil, Rui Costa, quem articulou a entrega das casas e presença do presidente Lula em Feira de Santana. Costa foi governador da Bahia entre 2015 e 2022, e tinha como objetivo fortalecer o governo naquele município.
Volta do Minha Casa Minha Vida
O adiamento de entrega dos imóveis em nome do Minha casa Minha Vida foi um fato isolado. Isso significa que em nada atrapalha o retorno do Minha Casa Minha Vida ao governo Lula, apenas prorroga o compromisso na agenda presidencial. Para todo o país o programa também deve voltar e trazer suas raízes originais.
Isso porque, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) foi criado o Casa Verde e Amarela, como forma de substituir o Minha Casa Minha Vida. No entanto, o programa bolsonarista não focou na distribuição de moradia popular, mas trouxe maior facilidade para o financiamento imobiliário.
O objetivo agora é retomar a faixa 1 do programa que beneficia pessoas com faturamento de até dois salários mínimos. Nessa condição os aprovados devem receber um imóvel e fazem o pagamento em pequenas parcelas.