Ações da Americanas (AMER3) passam por leilão. Entenda como funciona

Nesta quinta, 17, as ações da Americanas (AMER3) não foram negociadas no período da manhã. Depois da divulgação de um fato relevante na véspera, onde a empresa revelou ao mercado que encontrou “inconsistências contábeis” no valor de R$ 20 bilhões nos balanços, a companhia ficou em leilão até o início da tarde.

A quinta-feira também ficou marcada pela saída do CEO Sérgio Rial e do diretor de relações com investidores, André Covre, que decidiram deixar seus postos.

Entenda o que é leilão de ações 

Leilão de ações é um mecanismo de proteção da Bolsa de Valores, que é usado em situações em que um certo ativo passa por uma oscilação significativa em seu preço. Na prática, os papéis ficam fora do pregão por um período determinado de tempo. Esta é uma maneira de proteger o investidor com posições no ativo.

Entenda a situação da Americanas 

Nesta quarta, 11, a Americanas informou, através de um fato relevante, que foram identificadas inconsistências em lançamentos contábeis projetadas em R$20 bilhões em uma análise preliminar, com data-base de 30 de setembro do ano passado.

De acordo com a Americanas, foram detectadas pela área contábil, entre as inconsistências  a existência de operações de financiamento de compras em valores da mesma ordem de R$ 20 bilhões, nas quais a empresa é devedora perante instituições financeiras e que não fotasm adequadamente refletidas na conta fornecedores nas demonstrações financeiras de 30 de setembro de 2022.

“As estimativas acima estão sujeitas a confirmações e ajustes decorrentes da conclusão de trabalhos de apuração e dos trabalhos a serem realizados pelos auditores independentes, após o que será possível determinar adequadamente todos os impactos que tais inconsistências terão nas demonstrações financeiras da companhia”, disse a empresa.

A divulgacão do fato relevante aconteceu depois do fechamento do mercado. Ontem, as ações da Americanas fecharam o dia em alta de 0,76%, cotadas a R$ 12.

De forma interina, o Conselho de Administração da companhia nomeou João Guerra como diretor-presidente e diretor de Relações com Investidores. O executivo, de acordo com a empresa, “tem ampla trajetória na companhia nas áreas de tecnologia e recursos humanos, e não envolvido anteriormente na gestão contábil ou financeira.”

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Paulo AmorimPaulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.