Como os acontecimentos em Brasília são vistos pelo mercado?

No último domingo (8), o Brasil se chocou com os acontecimentos na capital federal. Milhares de pessoas, em sua maioria vestindo as cores do Brasil, invadiu a Praça dos Três Poderes, em Brasília, depredando uma boa parte do patrimônio histórico e cultural presentes nos prédios do Supremo Tribunal Federal, Congresso Nacional e o Palácio do Planalto, residência oficial do Presidente da República.

Luciano Bravo, especialista em captação de investimentos internacionais e CEO da Inteligência Comercial, acredita que isto é péssimo porque, segundo ele, o investidor fica um pouco mais cauteloso, esperando que o mercado tenha um melhor posicionamento.

“Neste atual cenário, é possível especular que a percepção de risco seja um pouco mais elevada aos olhos dos investidores, com impactos diretos na Bolsa e em outros ativos financeiros. No entanto, a rápida resposta do Governo Federal está sendo fundamental para a retomada da confiança dos investidores no Brasil, principalmente os internacionais.”, pondera o especialista Luciano Bravo, também Country Manager da Savel Capital Partners.

Para vários analistas políticos, o presidente Lula terá um Governo muito desafiador por conta da polarização do país Assim, todos os olhares estejam totalmente voltados às suas atuações enquanto presidente.

Portanto, a rápida decisão de investigar e punir os atos cometidos no atentado aos Três Poderes, acaba por elevar um pouco a confiança no atual Governo que, mesmo com toda a especulação negativa, recupera para si um pouco da credibilidade e seriedade esperada por uma nação.

“Basicamente, aos olhos não somente de investidores, mas de todo mundo, um Chefe de Estado sem ‘pulso firme’, que deixa toda e qualquer ação de vandalismo acontecer no país e não tem capacidade de contê-la, também não tem capacidade de manter, entre outras coisas, a nossa economia em equilíbrio. E os investidores, principalmente os estrangeiros, percebem isso. Por isso, a rápida resposta do Governo é algo positivo para o mercado, já que mostra um governo capaz de conter crises e, consequentemente, toda a possível volatilidade que possamos enfrentar”, finaliza Luciano Bravo.

Porém, fica a dúvida que ainda paira sob todos: se o Governo conseguirá, de fato, conter essas ações. Enquanto ainda houver essa incerteza, permanecerá também, por consequência, todo um estresse e uma volatilidade do mercado financeiro nacional.

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Victor BarbozaVictor Barboza
Meu nome é Victor Lavagnini Barboza, sou especialista em finanças e editor-chefe do FDR, responsável pelas áreas de finanças, investimentos, carreiras e negócios. Sou graduado em Gestão Financeira pela Estácio e possuo especializações em Gestão de Negócios pela USP/ESALQ, Investimentos pela UNIBTA e Ciências Comportamentais pela Unisinos. Atuo no mundo financeiro desde 2012, com passagens em empresas como Motriz, Tendere, Strategy Manager e Campinas Tech. Também possuo trabalho acadêmicos nas áreas de gestão e finanças pela Unicamp e pela USP. Ministro aulas, cursos e palestras e já produzi conteúdos para diversos canais, nas temáticas de finanças pessoais, investimentos, educação financeira, fintechs, negócios, empreendedorismo, psicologia econômica e franquias. Sou fundador da GFCriativa e co-fundador da Fincatch.