Bolsa de Valores 2023: Este foi o desempenho do Ibovespa no primeiro dia do ano

Nesta segunda, 2, no primeiro pregão do ano, o Ibovespa fechou o dia com forte queda. Diante de alguns mercados pelo mundo fechados e com os investidores nacionais com as atenções voltadas para as medidas econômicas do governo atual, especialmente a respeito da desoneração dos combustíveis, o principal índice da bolsa teve queda de 3,06%, a 106.376 pontos. 

As ações ordinárias da Petrobras caíram 6,67%, ao passo que as preferencias despencaram 6,45%. As ações do BB, por sua vez, caíram 4,23%.

Segundo dados do TradeMap, apenas nesta segunda, as estatais brasileiras perderam cerca de R$31 bilhões em valor de mercado.

Bolsa no último ano 

O Ibovespa fechou o ano passado com uma alta de 4,69%, ficando próximo dos 110 mil pontos. 2022 ficou marcado pelas eleições presidenciais no Brasil e pela guerra na Ucrânia no cenário mundial.

A máxima do ano do índice foi obtida no dia 1º de abril, quando bateu os 121.570 pontos. Já a mínima foi obtida do dia 14 de julho, aos 96.121 pontos.

Ao longo do último ano, o Ibovespa conseguiu recuperar uma parcela do tombo de 2021, quando caiu 11,93% e fechou o ano em 104.822 pontos. Mesmo com essa alta, o resultado de 2022 ficou longe do que foi obtido em 2020, quando foi registrado ganho de 2,92% e fechou em 119.017 pontos.

O que está afetando os mercados?

O ano novo começou com medidas econômicas importantes que foram anunciadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Foi publicada ontem, a medida provisória que prorroga a desoneração dos tributos federais que recaem sobre os combustíveis.

Segundo a MP, foram zeradas as alíquotas de PIS/Pasep e Cofins que recaem sobre diesel, biodiesel, gás natural e gás de cozinha (até 31 de dezembro) e gasolina, álcool, querosene de aviação e gás natural veicular (até 28 de fevereiro).

Na visão da agência Bloomberg, esta MP é encarada com cautela pelos investidores, já que, nos últimos pregões do ano passado, os ativos locais tinham reagido bem à projeção de que as isenções acabariam logo na chegada do ano novo.

Em seu discurso de posse, Lula afirmou que revogaria o teto de gastos. Agora os investidores aguardam as definições sobre a nova regra fiscal.

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Paulo AmorimPaulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.
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