Para o próximo ano, os analistas estão recomendando os investimentos em ações ligadas a commodities, energia elétrica e alimentos básicos. Estes são setores que podem trazer retornos para os investidores, como siderúrgica, mineração e petróleo, em meio a projeção de aumento de demanda de mercado internacional.
O mercado concorda com o fato de que em meio as incertezas ligadas a questão fiscal brasileira, ao movimento dos juros e das diretores do próximo governo, o momento é de cautela para os investidores.
Na visão do analista Pedro Galdi, da Mirae Asset, a economia mundial pode sinalizar uma recuperação apenas segundo semestre do próximo ano. “A China vai se recuperar primeiro e será determinante para a recuperação da demanda e preços de commodities”, disse ele ao E-Investidor. No entanto, aqui no Brasil, a mudança de governo pode trazer volatilidade em ações de setores locais.
Danilo Maturano, da CM Capital, sugere que o investidor avalie a a vulnerabilidade do papel em relação a situação interna como políticas fiscais, que podem prejudicar algumas companhias. Os setores não cíclicos são uma opção, especialmente o de energia, que pode crescer juntamente com a indústria diante da melhora do cenário macroeconômico.
Já para Ricardo Peretti e Alice Corrêa, estrategistas de ações da Santander Corretora, a dica é diversificar os investimentos e dar preferência por empresas que tenham fundamentos sólidos. Eles apontam, as companhias varejistas de consumo básico, além de commodities e energia.
“Com a manutenção do Auxílio Brasil até o fim de 2022 e a retomada do Bolsa Família em 2023, acreditamos que as empresas voltadas ao consumo básico, como os supermercados, podem continuar tendo desempenho superior ao do Ibovespa”, disseram eles ao E-Investidor.
Já sobre empresas de petróleo, foi sugerido por Galdi e Maturano que os investidores mudem da Petrobras para Petrorio ou 3R Petroleum, por conta das diversas incertezas que rondam a empresa neste momento de alteração de governo. Fora o risco decorrente de possíveis alterações na Lei das Estatais, também pesa sobre a Petrobras a possibilidade de mudança na política de preços e no programa de desinvestimentos.
Por fim, as demais preferências dos analistas para 2023 são Vale, Suzano, Minerva, Gerdau, Eletrobras, Alupar, CPFL Energia, BB Seguridade e Assaí.