Aloizio Mercadante será presidente do BNDES no Governo Lula. Entenda qual é o papel desta instituição

Nesta terça, 13, o presidente eleito Lula anunciou que o próximo presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) será Aloizio Mercadante, ex-ministro da Educação e da Casa Civil.

O anúncio foi feito durante o evento que marcou o encerramento dos trabalhos da equipe de transição de governo, que aconteciam no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília.

“Eu, Aloizio Mercadante, vi algumas críticas sobre você, sobre boatos que você vai ser presidente do BNDES. Eu quero dizer para vocês que não é mais boato, Aloizio Mercadante será presidente do BNDES”, disse Lula.

BNDES

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) foi criado em 1952 e é uma empresa pública federal ligada ao Ministério da Economia. O banco é um instrumento do governo usado para financiamentos de longo prazo e investimentos em vários setores produtivos.

Aloizio ficou encarregado na campanha de Lula de preparar o plano de governo do candidato petista. Nos trabalhos de transição, ele coordenou os mais de 30 grupos técnicos de trabalho.

Depois do anúncio do nome de Mercadante para o BNDES, o presidente eleito afirmou que o Brasil está aberto para os investidores, mas que não irá vender empresas estatais.

“E nós queremos dizer ao mundo inteiro: quem quiser vir para cá, venha, tem trabalho, tem as coisas para você vir fazer, tem projeto Lula para os investimentos, mas não venha aqui para comprar nossas empresas públicas porque elas não estão a venda e o nosso país vai voltar a ser respeitado com soberania”, disse lula.

Mercado 

O mercado não reagiu bem ao nome de Mercadante para a presidência do BNDES, mesmo quando este anúncio ainda era um rumor. Este desanimo acontece pois no entendimento de analistas, seria preciso fazer uma alteração na Lei das Estatais para que o ex-ministro assuma o posto.

A legislação foi criada no governo Michel Temer e determina parâmetros severos de governança para componhais públicas, blindando de interferências políticas.

Mudanças nesta lei poderia facilitar indicações de políticos para estatais, já que ela impede a nomeação de quem tenha trabalhado nos últimos anos em direção de estrutura partidária ou quem tenha participado de campanha eleitoral. 

Paulo AmorimPaulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.