Segue com bastante repercussão o caso do aparecimento de um gato na coletiva de imprensa que era realizada com o jogador Vinicius Júnior na última quarta, 7. Naquele dia, o jogador da seleção Brasileira foi surpreendido com a presença de um gato em cima da mesa. Foi então que um assessor da CBF retirou o animal o pegando pelo cangote e o colocando no chão. Devido a isto, uma ONG entrou com uma ação alegando maus tratos.
É pedida pelo Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal uma retratação pública e o pagamento de uma multa de R$ 1 milhão. Este dinheiro será investido “para benefício da coletividade”.
Este pedido foi anunciado através de uma postagem nas redes sociais do Fórum no último domingo, 11. “Promover mudança na sociedade faz parte dos nossos valores. Assim, não podemos normalizar situações que violem o direito dos animais, seja no Brasil ou em qualquer outro país”.
“Não podemos nos silenciar diante essa atitute. Ajuizamos uma Ação Civil Pública em parceria com outras ONGs pedindo uma retração pública da CBF, administração de curso de direito dos animais para os funcionários da CBF, além da condenação a título de dano moral coletivo no valor de 1 milhão de reais”, disse o Fórum.
“A indenização, caso ocorra a condenação não virá para as ONGs e sim para um fundo onde será usado para benefício da coletividade. Acreditamos no caráter educativo da ação e que o direito e a dignidade dos animais sejam objeto de reflexão para toda a sociedade”, finalizou.
Maneira certa de pegar um gato
O Estadão procurou a veterinária Laura Ferreira, que é especialista em comportamento animal da Guiavet, plataforma de acompanhamento de saúde para pets. Ela explicou as melhores formas de cuidar dos gatos para diminuir o estresse.
“A melhor forma de se segurar um gato é deixá-lo à vontade. Para mudar ele de local, como foi o do caso do vídeo, a melhor maneira é uma mão no tórax e a outra mão ser usada como suporte para as patas traseiras. O próprio braço da pessoa pode servir como um suporte para todo o tronco do gato, sempre respeitando o jeito que ele se sentir mais confortável”, explicou a veterinária ao Estadão.
Na opinião de Laura, o assessor da CBF maltratou o animal. “O gato em questão estava extremamente confortável no ambiente e com um comportamento extremamente amigável. Não precisava pegar e colocar o animal no chão daquela maneira”, disse ela ao Estadão.