Uma associação criminosa, denominada de quadrilha do Pix, realizava golpes em idosos que moravam no Lago Norte, Distrito Federal. Os criminosos se passavam pelos filhos das vítimas, e enviavam dezenas de mensagens dessas vítimas. O caso foi apurado pela coluna “Na Mira”, do Metrópoles.
Nesses golpes, a quadrilha do Pix se passava por herdeiros das vítimas. Sendo assim, os criminosos chegavam a explorar a ligação afetiva para enganar os idosos.
A operação foi deflagrada pela 9ª Delegacia de Polícia (Lago Norte), com auxílio da Polícia Civil de Goiás (PCGO). Os agentes cumprem cinco mandados de prisão temporária.
Como a quadrilha do Pix agia
Segundo prints de diálogos trocados entre a quadrilha do Pix e vítimas, obtidos pela coluna, o criminoso fingia ser filho do idoso — e dizia que enfrentava problemas em sua conta bancária.
“Pode fazer esse pagamento pra mim e assim que resolver o problema transfiro de volta pra sua conta”, afirmou o criminoso na conversa trocada com a vítima.
Em um caso, a vítima chegou a ter prejuízo de R$ 10 mil. Antes de se dar conta que não conversava com o filho, o idoso realizou duas transferências bancárias para os golpistas — sendo um Pix de R$ 4,9 mil e outro de R$ 4,4 mil.
Ao também levar em conta outras três vítimas da mesma região, a perda totaliza R$ 45 mil.
Dentro da quadrilha do Pix, dois criminosos eram responsáveis pelo envio das mensagens às potenciais vítimas. Outros três se responsabilizavam pelo recebimento das quantias e ocultação posterior dos valores.
Conforme as investigações, inicialmente, a quadrilha do Pix coletava dados pessoais dos idosos selecionados nas mídias sociais. Após definir o perfil e identificar os parentes dessas pessoas, os golpistas conseguiam descobrir os números de telefone delas.
Devido ao vazamento de bancos de dados públicos e de operadoras de telefonia, esses dados têm sido comercializados na internet.
Ao obter essas informações, os criminosos entravam em contato e induziam as vítimas a realizar transferências aos próprios golpistas — que se passavam por parentes dos idosos, normalmente, filhos e netos.
A coluna informa que todos os envolvidos foram detidos e transferidos de Goiânia para o Distrito Federal.