Balanço divulgado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) no último sábado, 19, indicava greve dos caminhoneiros com paralisação em 18 pontos de estradas federais. Em outros 9 locais o trânsito também estava congestionado e prejudicava quem pretendia passar. Dessa vez, as ações são contra a decisão de Alexandre de Moraes em bloquear contas bancárias de quem é investigado de ter financiado os atos antidemocráticos do início do mês.
No domingo, 20, uma nova atualização da PRF mostrava 12 pontos de fechamento nas estradas federais, sendo que 11 deles no estado do Mato Grosso. A greve dos caminhoneiros passou a movimentar o WhatsApp na última semana, com promessa de bloqueios já na sexta-feira, 18, como um ato de protesto contra Alexandre de Moraes.
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) é alvo das manifestações dos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) desde o resultado das eleições 2022, que deu a vitória a Luís Inácio Lula da Silva (PT). Alexandre também é presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e não acatou os pedidos de recontagem de votos que alegavam fraude.
Dessa vez, no entanto, a greve dos caminhoneiros surgiu depois que Moraes autorizou o bloqueio de 43 contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas. Esses grupos foram acusados de financiar os atos antidemocráticos que paralisaram as rodovias brasileiras após o resultado das eleições de 2022.
Greve dos caminhoneiros pode desabastecer produtos?
É interessante dizer que associações e sindicatos de caminhoneiros não apoiam os atos de paralisação, por isso a greve dos caminhoneiros não pode ser considerada como uma ação exatamente destes profissionais. O certo é que esta é a classe que movimenta a economia brasileira, já que hoje o transporte de cargas ainda é muito dependente das vias terrestres.
Por conta disso, a paralisação destes veículos pode sim desabastecer supermercados e postos de combustíveis. Além de farmácias, hospitais, centros comerciais e tantos outros que aguardam a chegada dos produtos por meio dos caminhoneiros.
A grande preocupação, no entanto, é com o estado do Mato Grosso o único a registrar pontos de bloqueio. Também foram atingidas as rodovias do Pará e Rondônia, mas não com a mesma dimensão que os mato-grossenses. A PRF deve agir nesses pontos para que o fluxo de veículos volte a normalidade.