Greve dos caminhoneiros: motoristas podem ser indenizados pelo Governo com esse valor

A greve dos caminhoneiros, cujo objetivo é questionar o resultado eleitoral no Brasil, não vem agradando a todos os profissionais da categoria no país. De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotivos (Abrava), Wallace Landim, não representa a categoria e deverá virar assunto de justiça em breve.

Greve dos caminhoneiros: motoristas podem ser indenizados pelo Governo com esse valor (Imagem: FDR)
Greve dos caminhoneiros: motoristas podem ser indenizados pelo Governo com esse valor (Imagem: FDR)

Isso porque o representante do órgão, que conta com mais de 35 mil motoristas autônomos associados, pretende acionar as empresas que vêm promovendo os bloqueios nas estradas para pagar indenizações pelos danos causados aos condutores.

“Ninguém faz churrasco de graça para ninguém. Existe uma parcela muito pequena de caminhoneiros que de fato apoia o presidente Jair Bolsonaro. Mas a outra parcela, de 80% a 90%, quer trabalhar e está sendo prejudicada”, disse ao Congresso em Foco, o dirigente da categoria.

Dirigente aponta que greve dos caminhoneiros não deveria ser política

De acordo com Wallace, os movimentos golpistas não vêm sendo construídos de maneira espontânea. Segundo o dirigente, os condutores que estão fechando rodovias são funcionários de empresas ligadas a empresas do agronegócio.

Vale lembrar que no último dia 12 de novembro, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) mandou bloquear contas bancárias ligadas a 43 pessoas e empresas suspeitas de envolvimento com os atos.

Assim, com esta motivação, os primeiros movimentos para o retorno dos bloqueios começou a ser organizado por caminhoneiros no Mato Grosso. Na oportunidade, os organizadores dos protestos defendiam que os condutores deveriam estar preparados para entrar em confronto com as forças de segurança.

Entretanto, o representante dos caminhoneiros salienta que, atualmente, as reivindicações dos condutores não têm nada a ver com política, mas sim com as diretrizes econômicas, em especial, da gestão do presidente Jair Bolsonaro.

“A gente cobra a pauta econômica do atual governo, que são as demandas do transporte que estão paradas no papel. Também estamos procurando interlocução com o futuro governo. Lutamos pela pauta econômica e não pelo fim da democracia”, explicou.

O presidente da Abrava ainda pontua que não há motivo para a categoria seguir apoiando Jair Bolsonaro, pois, segundo ele, o atual presidente ainda não cumpriu as promessas assumidas com os caminhoneiros em 2018, ano em que houve um grande movimento grevista protagonizado pelos condutores.

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