Copa do mundo: descubra como resultado da competição pode influenciar na sua vida financeira

Pontos-chave
  • O Brasil tem grandes chances de levar o hexa, mas isso pode não acontecer;
  • Diante do cenário positivo ou negativo a economia brasileira pode ser impactada;
  • Especialista acredita que a Copa do Mundo é a oportunidade dos comércios faturarem.

A Copa do Mundo do Qatar começa no próximo domingo, 20 de novembro. A maior competição de futebol de campo acontecerá pela primeira vez no Oriente Médio, e entre as novidades, o campeonato será no fim do ano e não no início do segundo semestre como era mais comum. Rumo ao sexto título de melhor seleção do mundo, o desempenho do Brasil em campo pode influenciar na vida financeira dos brasileiros.

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Copa do mundo: descubra como resultado da competição pode influenciar na sua vida financeira (Imagem: Montagem/FDR)

Claro que não é unânime, existem pessoas no país que não se sentem atraídas pelo futebol e não pretendem acompanhar a seleção na Copa do Mundo. Ainda assim, o resultado seja positivo ou negativo, pode influenciar na vida de todos. A competição é a mais importante dentro desse esporte, e instigando a rivalidade saudável com outros países anima os brasileiros.

O comércio, por exemplo, já começou a sentir os impactos da competição esportiva. Os produtos relacionados a Copa do Mundo direta ou indiretamente, devem movimentar R$ 1,4 bilhão no faturamento do comércio varejista brasileiro. A projeção foi feita pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Além disso, empresas passam a se organizar para atender seus clientes durante esses dias, já que algumas optam por dispensar seus funcionários nos dias de jogos do Brasil. O transporte público deve ser reforçado horas antes da competição para que as pessoas consigam chegar em casa, e até mesmo as escolas e serviços públicos ficarão fechados no horário dos jogos.

O que pode acontecer com a economia se o Brasil ganhar a Copa do Mundo?

João Victorino, administrador de empresas e especialista em finanças pessoais, acredita que em um cenário de conquista do hexacampeonato do Brasil na Copa do Mundo de 2022, a economia pode ser fortemente atingida. Varejistas do setor de festas, comidas e bebidas podem ter um ganho maior nos dias em que o Brasil vencer os jogos.

A euforia dos torcedores pode instiga-los a comprar mais bebidas, mais comida, e para aqueles que ainda não adquiriram uma camisa ou item da seleção brasileira, esse interesse pode surgir. Neste cenário, tanto consumidores como os donos dos pequenos comércios sairiam “felizes”.

Caso o hexacampeonato vire realidade, o senso comum sugere que o brasileiro, em geral, fique naturalmente mais eufórico. Dessa forma, não seria estranho supor que, movidas pela alegria, muitas pessoas tomarão mais decisões movidas por impulso“, disse Victorino.

O especialista também lembra que a competição acontecerá pela primeira vez próximo das festas de fim de ano, em que os consumidores já estão mais entusiasmados a gastar. Embora não haja uma relação de causa e efeito encontrada entre um título mundial e aumento do desempenho da economia do país vencedor, uma pesquisa do banco americano Goldman Sachs, mostra o contrário.

Em uma apuração feita com dados de 1974 mostraram que os índices das bolsas dos países campeões subiram, em média, 3,5% a mais que as referências globais no mês posterior ao campeonato. A única exceção foi o Brasil de 2002, que não obteve esta vantagem.

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E se o Brasil não vencer a Copa?

A seleção brasileira é uma das melhores avaliadas dentro desta competição, as chances de vencer são grandes, mas não é unânime. Pode acontecer do elenco do Brasil não ser capaz de vencer grandes rivais, como a França, Alemanha ou a Argentina. Neste cenário, João acredita que para a economia do país não haverão grandes impactos.

A mesma pesquisa do Goldman Sachs mostrou que após quatro meses da euforia do título, os mercados dos países vencedores tiveram uma performance 4% abaixo das médias globais. Logo, o especialista concluiu que “resultados da seleção na Copa do Mundo não costumam impactar diretamente a economia do país”.

Para João Victorino o que o setor do comércio deve aproveitar são os jogos que antecedem a grande final e que podem ter a participação do Brasil. Neste sentido, com base na euforia dos torcedores, os varejistas devem criar oportunidades para ” obterem um faturamento substancial”.

Lila CunhaLila Cunha
Formada em jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) desde 2018. Já atuou em jornal impresso. Trabalha com apuração de hard news desde 2019, cobrindo o universo econômico em escala nacional. Especialista na produção de matérias sobre direitos e benefícios sociais. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: lilacunha.fdr@gmail.com
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