Na próxima sexta-feira (25), acontece mais uma edição da Black Friday. Para esse ano, as expectativas de vendas são muito altas, tendo em vista o retorno presencial do comércio após a pandemia do novo coronavírus. Abaixo, um especialista na área comercial explica como você deve organizar seu orçamento antes de ir as compras. Acompanhe.
Se você pretende aproveitar a Black Friday 2022, fique atento. Apesar das grandes promoções, com descontos atraentes, construir um planejamento financeiro evita que você gaste mais que o que pode e entre em débitos.
Atentos as necessidades dos nossos leitores, o FDR convidou Clayton Alves Cunha, professor e coordenador adjunto do curso de Gestão Comercial da Universidade Cidade de São Paulo (Unicid), para uma entrevista exclusiva.
No texto abaixo, ele traz uma série de dicas sobre como economizar e, acima de tudo, controlar os gastos, aproveitando os descontos de fim de ano. Leia a matéria completa:
Como fazer um planejamento financeiro para aproveitar a Black Friday?
O planejamento financeiro para a Black Friday deve começar antes mesmo da data. Deve-se verificar quais são ou serão aqueles produtos que farão parte da “lista de desejos” do consumidor para que o plano seja realizado e devidamente operacionalizado pelo consumidor.
Ou seja, o varejo, obviamente vai sempre tentar despertar o desejo pela compra por impulso com suas ações mais agressivas, então se faz necessário que o consumidor se mantenha firme numa lista de desejos pré-determinada para que não se endivide além da conta.
O que é essencial antes de ir às compras?
Além de realizar o devido planejamento de seus desejos e condições financeiras, é necessário que o consumidor realize suas pesquisas com um pouco de antecedência para saber se os descontos praticados na semana ou até mesmo na própria Black Friday são reais ou se estão maquiados de alguma maneira.
Qual a melhor forma de pagamento, crédito ou débito?
Sempre que puder pagar no débito, pague. Isso significa que aquela compra não vai fazer mais parte de suas despesas para os próximos meses e que aquele recurso que seria destinado ao pagamento de parcelas ou faturas pode ser destinado ao investimento ou à alguma verba para algum tipo de imprevistos.
Como saber se o desconto é bom ou se estou sendo enrolado?
Mais uma vez, fazer algumas pesquisas com uma certa antecedência é o segredo. Ou seja, em alguns casos a Black Friday já se transformou em “Black November” em alguns segmentos do varejo, o que faz com que o consumidor tenha que ficar atento se realmente existe um desconto real.
Em alguns casos extremos, existem varejistas que fazem campanhas extensivas na televisão dizendo que dão 50% de desconto o ano todo em todo o seu estoque, e que na Black Friday, pode chegar a 70%. Tal postura de alguns varejistas, além de antiética é uma afronta a boa vontade dos consumidores em datas específicas.
Existe o melhor dia para fazer compras na Black Friday?
Nos últimos 3 anos, as grandes redes varejistas estão promovendo “maratonas de compras” no dia anterior e na própria Black Friday, onde suas melhores ofertas são expostas. Tais maratonas de compras contam até mesmo com horários comprados em canais de TV abertos e na TV por assinatura, Lives nas Redes Sociais e grandes atrações da música e do entretenimento. Durante esse período, normalmente são realizadas as melhores ofertas resultado de grandes negociações com os fornecedores.
Qual a melhor tática para achar bons preços durante a campanha?
Mais uma vez, pesquisar. Porém tais pesquisas devem levar em consideração alguns aspectos que não trabalhamos até aqui. Por exemplo, é de extrema importância levar em consideração a idoneidade da loja em que estamos realizando a compra. A Black Friday no Brasil é uma data muito mais atrelada ao Comércio Eletrônico do que ao varejo Físico. Por mais que já tenhamos uma estrutura de segurança eletrônica avançada, ainda temos uma série de golpes online que podem acontecer. Sendo assim, o consumidor deve se atentar à idoneidade da empresa que está oferecendo seus produtos, saber sua credibilidade em órgãos como o Reclame Aqui e o PROCON de maneira a aumentar a garantia de que receberá seu produto depois de comprá-lo.
Como ter controle no caso do uso do cartão de crédito?
Organizar uma lista de desejos para a data comercial, bem como estipular um limite de gastos para que essa lista seja alcançada é de suma importância para que sua saúde financeira seja mantida e o risco de cairmos no crédito rotativo do cartão seja menor
Os pagamentos e PIX obrigatoriamente devem ser mais baratos? Quais os riscos?
Não há obrigatoriedade de os pagamentos via PIX apresentarem descontos, mesmo que sabidamente sejam mais baratos devido às suas taxas serem menores aos varejistas. Porém, é de suma importância que os consumidores se atentem aos pagamentos via PIX, que podem ser uma porta de golpes. Por exemplo: em caso de pagamentos via PIX é importante que o consumidor se atente a fazer a transferência somente para contas de pessoa jurídica e não para contas pessoa física. Tal condição diminui consideravelmente a possibilidade de golpes.
Como organizar as compras da Black Friday com as despesas de fim de ano?
Há de se fazer uma lista de consumo pessoal e aqueles que podem ser os presentes para o fim de ano e estabelecer suas prioridades. Também há de se lembrar que embora a Black Friday apresente algumas oportunidades, existem também boas oportunidades comerciais na época pós Natal.
O que não devo fazer de forma alguma para evitar prejuízos financeiros?
Os Consumidores devem ser muito conscientes em seu consumo na Black Friday. Devem realizar uma lista consciente de desejos, devem estabelecer o s eu limite de gastos e acima de tudo devem ficar muito atentos a possíveis golpes que podem aparecer em datas comerciais como essa.
Lista 5 dicas de cuidados para quem vai aproveitar a campanha
- Estabelecer uma lista de desejos
- Estabelecer um teto de gastos Máximo
- Pesquisar os preços com antecedência para verificar se haverá realmente desconto
- Analisar a idoneidade das empresas que oferecem as ofertas
- Se for pagar com PIX, pagar sempre para empresas (com CNPJ), e não para pessoas físicas.
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