Lula anuncia o retorno do MINHA CASA MINHA VIDA com novas regras e grupo contemplado

Luís Inácio Lula da Silva (PT) assume a presidência do país apenas em 1° de janeiro de 2023, mas antes mesmo disso a sua equipe já planeja como será o próximo governo. Entre os planos está a retomada do Minha Casa Minha Vida que deixou de existir no governo de Jair Bolsonaro (PL) e passou a se chamar Casa Verde e Amarela. A ideia é trazer novidades para esse programa e corrigir erros do passado.

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Lula anuncia o retorno do MINHA CASA MINHA VIDA com novas regras e grupo contemplado (Imagem: FDR)

O Minha Casa Minha Vida foi criado em 2009 durante o segundo mandato de Lula como presidente do país. A ideia do programa foi oferecer a oportunidade de que famílias de baixa renda pudessem comprar a casa própria pagando parcelas bem pequenas. Para isso, o governo construía essas casas em condomínios e vendia para a população com financiamento de pequenos valores.

Na gestão de Bolsonaro e com o início do Casa Verde e Amarela, esse projeto de criar moradias que pudessem ser vendidas a preço baixo não foi tão forte, já que o programa perdeu investimento. O programa bolsonarista promoveu mais oportunidade de financiamento com subsídios oferecidos pelo governo, mas não garantia necessariamente parcelas pequenas.

A equipe do governo Lula agora entra em conversa com profissionais do setor de construção civil. A repercussão do retorno do Minha Casa Minha Vida foi bem vista neste setor, já com o mapeamento de obras que estão paralisadas e que podem ser incorporadas no programa novamente. A alerta é apenas para que o governo seja mais criterioso na escolha dos locais para construção.

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Novidades no Minha Casa Minha Vida

De acordo com a ex-ministra do Planejamento Miriam Belchior que agora passou a ser membro da equipe de transição do governo Lula, o retorno do Minha Casa Minha Vida deve agir com novidades. Visando a construção de moradias, a introdução de aluguel social, lotes urbanizados, e ações em áreas centrais que utilizem edifícios vazios ou subutilizados, o objetivo é de garantir moradia à população.

Nossa proposta de retomada do programa Minha Casa, Minha Vida além de voltar a atender as famílias de baixa renda, cujo atendimento foi abandonado desde 2016, prevê também aperfeiçoar o programa com soluções e modalidades apropriadas à diversidade urbana e regional do país“, disse Miriam Belchior à Folha de S. Paulo.

Segundo cálculos do setor de construção civil, apenas para retomar as obras que estão paradas seria preciso R$ 700 milhões. Por isso, o valor exato necessário para investir no Minha Casa Minha Vida ainda não foi informado pela equipe que pretende estudar as reformas.

Lila CunhaLila Cunha
Formada em jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) desde 2018. Já atuou em jornal impresso. Trabalha com apuração de hard news desde 2019, cobrindo o universo econômico em escala nacional. Especialista na produção de matérias sobre direitos e benefícios sociais. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: lilacunha.fdr@gmail.com
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