Demissão em massa e proibição do home office: Entenda a crise do Twitter

Uma semana depois de comprar o Twitter, o empresário Elon Musk tomou a decisão de demitir milhares de funcionários. A empresa estaria perdendo, por dia, 4 milhões de dólares, o equivalente a 20 milhões de reais. O novo proprietário declarou que “não teve escolha” a não ser optar pelo corte de empregados.

Do setor de marketing ao de engenharia, cerca de 50% dos 7.500 funcionários do Twitter espalhados pelo mundo receberam por e-mail a notícia do desligamento. No texto, Musk teria justificado que as demissões foram necessárias “para garantir o sucesso da empresa no futuro”.

Pouco tempo depois dos primeiros relatos de demissão, no dia 4 de novembro, funcionários que receberam o e-mail do desligamento do Twitter divulgaram que foram chamados de volta. A justificativa da empresa foi de que algumas demissões foram feitas por engano.

Por que o Twitter demitiu tanta gente?

A maior parte do lucro da rede social, hoje, vem de publicidade. Elon Musk já havia expressado sua preocupação com a diminuição no investimento de grandes empresas, algumas até deixaram de anunciar no Twitter, como a Pfizer, a Volkswagen e a General Motors.

Musk atribui a queda de receita a “grupos ativistas” que estariam “tentando destruir a liberdade de expressão nos Estados Unidos”. A declaração do proprietário foi feita em um post na sua própria conta do Twitter.

No mesmo dia em que as demissões aconteceram, Elon Musk publicou: “O Twitter teve uma queda enorme na receita, devido a grupos ativistas pressionando os anunciantes, embora nada tenha mudado com a moderação de conteúdo e fizemos tudo o que pudemos para apaziguar os ativistas.”.

Fim do home office

Elon Musk também declarou que as diretrizes de controle de conteúdo do Twitter seguem inalteradas. Segundo o proprietário, as demissões afetaram 15% da equipe de segurança e confiabilidade, que seria pouco em comparação com a porcentagem geral do corte de 50% em toda a empresa.

De acordo com a Bloomberg News, Musk teria enviado um e-mail aos funcionários remanescentes proibindo a modalidade de trabalho home office nesta nova fase da empresa. A agência de notícias que diz ter tido acesso ao conteúdo da mensagem revela que o empresário falou em trabalho intenso para quem permaneceu no Twitter.

“O caminho a seguir é árduo e exigirá trabalho intenso para ter sucesso”, teria escrito Elon Musk em sua carta aos empregados. Apenas casos específicos serão autorizados a continuar trabalhando de casa, e não nos escritórios.

Elon Musk estaria, agora, planejando novas formas de lucrar com a plataforma além da publicidade. Em sua conta no Twitter, o empresário postou sobre a proposta de cobrar uma taxa de 8 dólares mensais aos usuários que quisessem receber o selo de verificação e ter suas publicações impulsionadas na rede.

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Emília Prado
Jornalista graduada pela Universidade Católica de Pernambuco. Tem experiência com redação publicitária e jornalística, com passagem pelo Diario de Pernambuco e Sistema Jornal do Commercio de Comunicação. No portal FDR, é redatora na editoria de renda e direitos sociais.