Banho de água fria: BITCOIN desaba após COLAPSO da corretora FTX. Entend o caso

Na última terça, 8, a polêmica que envolve a corretora cripto FTX, que até pouco tempo  era a segunda maior do mundo e que está quase sendo comprada por sua concorrente Binance após entrar em colapso financeiro, causou diversos desdobramentos no mercado cripto, especialmente nos preços. Neste dia, o mercado atingiu perdas de US$150 bilhões em valor de mercado e o preço de grande parte dos ativos digitais “derreteu”.

De acordo com o CoinGecko, o bitcoin, principal criptomoeda do mercado mundial, teve seu preço mais baixo no ano na mínima do dia, US$17.579. Este valor é 75% mais baixo do que a máxima histórica atingida pelo ativo, de US$ 69.044 que foi atingido há exatamente um ano.

A segunda criptomoeda de maior valor de mercado no mundo, o Ether, caiu para US$ 1.283 na mínima do dia, e agora vem sendo negociada a US$ 1.317, com uma queda de 17,7%.

Neste dia, não foram apenas essas duas cripto que passaram por perdas. Projetos relativos à FTX e à Alameda Research, companhia de investimentos que também foi concebida por Sam Bankman-Fried, CEO da corretora, são os que mais caíram no dia.

O token FTT, utilizado pela FTX como forma de programa de fidelidade para seus usuários, é o que mais apresentou quedas na terça. Sendo cotado a US$ 5,04, o ativo acumulou uma queda de 77,2% no dia. 

A situação já era das melhores para o ativo desde o fim de semana passado, quando pipocaram os boatos de insolvência da FTX, a Binance, que agora pode adquirir a empresa concorrente, chegou a comunicar que iria se desfazer de sua posição milionária de tokens FTT.

Também apareceu entre as grandes quedas o token SOL, criada pela rede Solana, com fundos em grande parte provenientes da Alameda Research e com grande apoio da FTX sendo negociada a US$ 23,95, a criptomoeda teve 26% de queda no dia.

Surgimento dos problemas da FTX

Um vazamento de dados na último dia 3 de novembro, revelou os resultados do segundo trimestre da Alameda Research. Segundo a publicação, mesmo com o patrimônio da empresa de US$ 14,6 bilhões, 33% do valor era formado por FTX Token (FTT), token emitido pela exchange, que por sua vez é ligada à Alameda.

O medo dos investidores estava relacionado ao fato de que, caso o preço do FTT colapsasse, era possível que a companhia não pudesse dar conta de seus empréstimos, causando uma liquidação massiva.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.