A folga no bolso dos motoristas foi breve. Após longo tempo de quedas prévias às eleições, um novo reajuste na gasolina foi feito e o preço do combustível subiu pela quinta semana consecutiva. A alta foi identificada através da pesquisa semanal sobre a média nacional de preços da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
De acordo com o levantamento, houve um reajuste na gasolina de 1,4% entre a semana de 30 de outubro a 5 de novembro. Neste período o preço do combustível foi de R$ 4,98, uma diferença de R$ 0,07 a mais dentro do prazo de sete dias. Em relação à semana anterior, o litro era vendido a R$ 4,91.
O reajuste na gasolina sofre a influência dos protestos antidemocráticos promovidos por grupos bolsonaristas contra a vitória do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva.
Uma grande parcela dos cidadãos de direito têm bloqueado rodovias por todo o Brasil, dificultando o fornecimento de combustíveis, especialmente em regiões como Santa Catarina (SC) e interior de São Paulo (SP).
Dados da ANP apontam que, após o reajuste na gasolina, o preço do combustível já atingiu a média de R$ 5 em 11 unidades federativas. O maior valor médio identificado foi de R$ 5,51 na Bahia (BA).
O Estado do Rio Grande do Norte (RN) vem logo em seguida vendendo o litro a R$ 5,44. No final desta lista se encontra o Mato Grosso do Sul (MS) e Paraíba (PB) com os menores preços a R$ 4,78 e R$ 4,79, respectivamente.
O que justifica as semanas de queda no preço do combustível?
O reajuste na gasolina que desencadeou esta onda de altas no preço do combustível ocorreu após 15 semanas de quedas analisadas com base nos dados da própria agência.
É importante explicar que as baixas foram provocadas pelo congelamento na alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) entre 17% e 18%.
Também houve reduções nos valores praticados em refinarias da Petrobras. Sem contar que, às vésperas do segundo turno das eleições, o petróleo voltou a ganhar força no mercado internacional, o que pressionou os combustíveis nas refinarias do Brasil.
Por outro lado, a Petrobras segurou repasses em meio à campanha do atual presidente Jair Bolsonaro (PL). Enquanto isso, o avanço do etanol passou a impactar o preço da gasolina nas bombas de combustíveis.