A Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), analisou o preço das cestas básicas em 17 capitais brasileiras. De setembro para outubro deste ano, o valor aumentou em 12 dessas cidades. Entenda por que os alimentos estão tão caros.
Porto Alegre é a cidade onde a cesta básica apresenta, hoje, o custo mais caro do Brasil: R$ 768,82. Em segundo lugar vem São Paulo, onde o conjunto de alimentos custa em média R$ 762,20, e em Florianópolis foi encontrada a terceira cesta mais cara, custando R$ 753,82.
Neste período de um mês entre setembro e outubro, a capital que registrou o maior aumento foi Rio de Janeiro, com 3,10% de alta no valor da cesta básica. Porém, na análise anual, os maiores aumentos de preço foram em Porto Alegre, Campo Grande e Vitória.
O Departamento também comparou o custo da cesta básica com o valor do salário mínimo líquido, que sem o desconto da Previdência Social é de R$ 1.212,00. O Dieese constatou então que o trabalhador brasileiro tem comprometido, em média, 58,78% da sua renda mensal com a compra de alimentos básicos.
Os alimentos mais caros e mais baratos da cesta básica
A batata e o tomate foram os alimentos com maior alta no mês de outubro, por conta da diminuição da safra de inverno. Foi registrado aumento do preço da batata em todas as capitais pesquisadas. Já o valor do tomate subiu em 13 das 17 cidades.
O feijão, o leite integral e o óleo de soja foram os itens da cesta com mais registro de queda no preço em outubro. Todas as cidades analisadas pela Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos registraram baixa do feijão. Em Belo Horizonte, a pesquisa chegou a apontar queda de 7% no preço deste que é um dos alimentos mais presentes no prato do brasileiro.
Outro alimento que caiu nos preços em todas as 17 capitais neste mês foi o leite integral. Porém, na análise anual, o valor médio do litro de leite acumulou aumento em todas as cidades pesquisadas. O óleo de soja ficou mais barato neste mês em 13 capitais. No mesmo período, o açúcar também registrou queda na maioria das cidades, em 12 das 17 analisadas.