Completa uma semana desde que a greve dos caminhoneiros se confirmou no Brasil. Os protestos que já foram classificados como antidemocráticos e ilegais têm diminuído significativamente nas rodovias brasileiras, mas no estado do Mato Grosso a situação ainda é bem complicada. Por conta disso, a Procuradoria Geral da República (PGR) e o Ministério da Justiça resolveram se posicionar.
No último sábado, 5 de novembro, o procurador-geral da República (PGR), Augusto Aras, acionou o ministro da Justiça, Anderson Torres, para que ações imediatas fossem tomadas contra as ações ilegais em forma de greve dos caminhoneiros. O pedido de ajuda para que o governo federal, por intermédio do Ministério da Justiça se posicione, veio após Aras receber informações de procuradores legais sobre novas tentativas de bloqueio no estado.
Em conversa com o procurador-geral, os procuradores mato-grossensses apontaram situação de emergência diante de um cenário de possíveis novas paralisações. Vídeo compartilhado nas redes sociais mostra uma pessoa anunciando que pelo menos 150 caminhoneiros estão preparados para protestar em frente aos quartéis de Cuiabá, capital do estado.
Um dos vídeos traz a seguinte mensagem: “Mais de 100 caminhões reunidos aqui. Está chegando mais e nós vamos sair de Sorriso e seguir rumo a Cuiabá. A nossa velocidade máxima não vai passar de 60 km/h, ou seja, vamos parar a 163 ‘sem parar’. Espalhe esse vídeo“.
O que tem motivado a greve dos caminhoneiros?
Desde que Luís Inácio Lula da Silva (PT) foi oficialmente consagrado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) como vencedor do segundo turno das eleições de 2022, após levar mais de 60 milhões de votos. Diante desse cenário, os apoiadores do atual presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) passaram a protestar contra o resultado.
As paralisações aconteceram nas principais rodovias de todo país, e embora tenha levado o nome de greve dos caminhoneiros acaba sendo muito mais uma ação bolsonarista do que da classe em si. Tanto que representantes dos caminhoneiros, como a Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (ABRAVA), repudiaram o ato.
Além de protestar sobre o resultado, os manifestantes alegam que há fraudes nas urnas eletrônicas. Desde que fake news a respeito desse assunto começaram, o TSE passou a trazer em seu site oficial explicações sobre a forma de apuração dos resultados, desmentindo qualquer suspeita.