Famílias e empresas estão com sério PROBLEMA financeiro, segundo o BC

De acordo com uma avaliação do Banco Central, através do Relatório de Estabilidade Financeira, a capacidade de pagamento dos tomadores de crédito no primeiro semestre deste ano, piorou, especialmente entre famílias e microempresas.

É alertado no relatório pelo BC, que o cenário ainda é de comprometimento para a renda das famílias. “A materialização de risco aumentou em razão de concessões mais arriscadas em trimestres anteriores. Nas microempresas, os ativos problemáticos aumentaram, a despeito do forte crescimento da carteira (de concessão de crédito). Em relação às famílias, a materialização de risco cresceu de forma relevante em 2022 no crédito não consignado, no cartão de crédito e no financiamento de veículos”, dizia a publicação.

O Banco Central estimou que a qualidade das contratações para as microempresas no decorrer do primeiro semestre ficou em um patamar menor que o registrado em dos períodos anteriores. No caso das pessoas físicas, o crédito não-consignado segue aumentando mais em operações de risco mais alto, sem garantia ou com garantia pessoal. No universo dos veículos, prevalece ainda o financiamento de carros usados, com prazos mais extensos.

“Nesse sentido, cresce a preocupação com o efeito de eventual frustração da atividade econômica sobre a materialização do risco de crédito. Diante de tal quadro, o Comef (Comitê de Estabilidade Financeira) reiteradamente tem avaliado ser importante as instituições financeiras continuarem preservando a qualidade das concessões”, falava o documento.

De acordo com análises do BC, apesar do cenário citado acima, as análises sinalizam que não existe risco para a estabilidade financeira e que as perdas vem sendo controladas. “Em linha com o contexto, as provisões aumentaram e seu nível continua acima das perdas esperadas. A maior constituição de provisões manteve o grau de provisionamento em nível confortável para suportar as perdas esperadas com crédito”, disse o documento.

Rentabilidade 

Mesmo com essas despesas mais elevadas com provisões, a rentabilidade do sistema bancário permaneceu estável no último semestre. Foi obtido pelo sistema um lucro líquido de R$ 138 bilhões no período de doze meses até junho deste ano, 5% maior ao registrado no ano passado 2021 e 20% acima do observado nos doze meses até junho de 2021.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.