Combustível passa a ficar em falta nos postos de gasolina. Veja como fugir do desabastecimento

Em virtude das paralisações bolsonaristas que bloquearam diversas vias rodoviárias por todo o Brasil, a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) precisou aprovar medidas preventivas para evitar a falta de combustível nos postos de gasolina

Combustível passa a ficar em falta nos postos de gasolina. Veja como fugir do desabastecimento
Combustível passa a ficar em falta nos postos de gasolina. Veja como fugir do desabastecimento. (Imagem: FDR)

Assim, será possível manter o abastecimento enquanto uma parcela dos cidadãos vão contra o resultado democrático das eleições 2022 que elegeram Luiz Inácio Lula da Silva. As medidas da ANP para garantir mudanças nos estoques, comercialização e armazenagem de combustível nos postos foram organizadas da seguinte forma:

  1. Estoques: suspensão das obrigações de manutenção de estoques semanais médios mínimos pelas distribuidoras;
  2. Comercialização: liberação das revendas de GLP para comercialização de produto em vasilhames de outras marcas além daquela para a qual estão autorizadas e liberação dos Transportadores-Revendedores-Retalhistas (TRRs) para comercialização de gasolina C e de óleo diesel diretamente com postos de revendedores de combustíveis. Pelas regras atuais, os TRRs podem comercializar somente etanol hidratado com os postos.
  3. Armazenagem: liberação de cessão de espaço para armazenagem, entre diferentes agentes econômicos, independentemente de homologação da ANP. Isso permitirá que distribuidoras com volumes altos armazenados possam guardar produtos em instalações de outras distribuidoras ou TRRs.

Ressaltando que, um eventual risco de restrição no abastecimento de combustível, neste momento, está relacionado a uma interrupção dos fluxos logísticos, por conta de bloqueios, e não à oferta, que seria a produção nacional mas a importação, à capacidade de armazenamento ou aos estoques mantidos por produtores e distribuidores.

Preço do combustível aumenta após eleições

As eleições foram encerradas no último domingo, (30). Um novo presidente foi eleito e Jair Bolsonaro continuará na chefia do Executivo Federal somente até dezembro. Seus esforços para reduzir o preço da gasolina tiveram um prazo de validade restrito.

Como já era de se esperar, as tratativas de Bolsonaro junto à Petrobras para conter o preço da gasolina foram mantidas somente até o segundo turno. O valor médio dos combustíveis já voltou a subir nos postos do país. Esta já é a terceira semana consecutiva de alta

De acordo com a apuração feita pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a média de preço da gasolina teve um avanço de R$ 4,88 para R$ 4,91 o litro na semana de 23 a 29 de outubro. A alta observada no período analisado foi de 0,6%

O preço da gasolina mais caro encontrado nos últimos dias foi de R$ 7,34. O litro do etanol hidratado também ficou mais caro nos últimos dias, passando de R$ 3,54 para R$ 3,63, um avanço de 2,54%.

Já é a quarta alta seguida no preço deste combustível após um sequência de cinco meses em queda. O preço mais alto encontrado pela ANP nesta semana foi de R$ 6,90.

Por outro lado, o diesel teve uma leve queda no preço do litro, que recuou de R$ 6,59 para R$ 6,56. A redução foi de 0,45%, de modo que o valor mais alto encontrado foi o de R$ 7,99.

No mês de junho, os preços do litro do diesel e da gasolina atingiram patamares extremos, jamais pagos pelos consumidores desde que a ANP começou a fazer o levantamento em 2004. Os dados da agência dão sinais de estabilização nos preços dos combustíveis, após semanas consecutivas de forte queda.

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Laura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.