Como o Banco do Brasil vai PARTICIPAR da transição de GOVERNO?

Fausto Ribeiro, presidente do Banco do Brasil disse ao Valor Econômico que de sua parte, a instituição pública terá uma “transição tranquila” para o novo governo comandado por Luiz Inacio Lula da Silva que venceu as eleições 2022. Ele se colocou à disposição para conduzir este processo no BB.

“Sou funcionário de carreira e um técnico”. Da minha parte não terá resistência alguma, pois o BB é uma empresa pública que sempre cumpre as determinações legais. Cumpriremos a legislação vigente de apoiar o processo quando demandados”, disse Fausto ao Valor.

O atual presidente do Banco do Brasil assumiu o cargo em abril do ano passado, após a saída de André Brandão, que tinha sido indicado pelo ministro da Economia Paulo Guedes. Ele é funcionário de carreira do BB e próximo da família do presidente Bolsonaro. Em seu mandato, aplicou uma gestão técnica e conseguiu trazer para o banco  resultados recordes, igualando a rentabilidade de seus pares privados.

O Banco do Brasil ao longo da administração de Ribeiro, reforçou o foco no agronegócio, que era tida como uma vocação histórica mas que precisou lidar com a concorrência vinda da Caixa, que durante a administração de Pedro Guimarães também tentou crescer neste segmento.

O BB, através de nota confirmou o posicionamento do presidente: ”Como integrante da administração pública o BB sempre cumpriu com a legislação que estabelece as regras de transição entre governos. O BB mantém sua postura de prestar neste momento todas as informações que forem solicitadas”.

Transição de governo na Caixa 

Daniella Marques, presidente da Caixa Econômica, disse também  a interlocutores que irá  colaborar com a transição de governo para a gestão do petista. Ela passou a comandar a Caixa em julho, logo depois da saída Pedro Guimarães, em decorrência de denúncias de assédio moral e sexual. Guimarães era um dos aliados mais próximos de Jair Bolsonaro.

Em sua gestão, Marques procurou aplicar uma política de valorização das mulheres e aumentou o foco da Caixa na execução de programas sociais, como o Auxílio Brasil. Na visão da oposição, ela priorizou programas e ações com impacto eleitoral, na tentativa de ajudar na campanha de Bolsonaro.

Paulo AmorimPaulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.