Na última quinta, 27, o Nubank começou a liberar em seu aplicativo o fluxo que permite que os NuSócios antecipem a decisão de manter ou vender os seus “pedacinhos” que foram recebidos na abertura de capital do banco no final do ano passado.
Esta inciativa da fintech obedece um calendário que foi preparado para o programa, em que 7,5 milhões de clientes aderiram ao NuSócios, e ganharam um BDR (Brazilian Depositary Receipts), certificado que representa um sexto de uma ação ordinária classe A da Nu Holdings, com prazo de restrição (lock-up) de um ano.
O dono do pedacinho poderá optar por alguns caminhos através do aplicativo do Nubank:
- Receber o BDR de Fato
- Vender seu BDR e transferir o valor para as Caixinhas, funcionalidade de organização e planejamento financeiro disponível na conta do Nubank com opções de investimentos
- Adiar sua decisão para o fim do período de restrição, marcado para 9 de dezembro.
Todas as opções serão efetivadas apenas a partir do dia 10 de dezembro, quando será liberada a negociação do “pedacinho”. Após esta data, o cliente poderá vender seu “pedacinho” e receber o crédito através de sua conta.
Aqueles investidores da fintech que compraram BDRs no IPO ou diretamente no mercado, e também os NuSócios que escolheram manter o BDR ou que adiarem a decisão, irão ser comunicados de forma específica a respeito dos próximos passos do Plano de Descontinuidade do Programa de BDRs Nível 3.
O plano, que foi anunciado no mês passado, ainda espera pela aprovacão da B3 e da CVM e não atrapalha o período atual de escolha e nem o calendário do NuSócios.
BDRs Nível 3 são emitidos por empresas com registro no Brasil, ao passo que os de Nível 1 são de companhias de fora sem listagem local. Já o BDR nível 1 só pode ser adquirido por investidores qualificados, ou seja aqueles que possuem mais de R$ 1 milhão investidos, ou por investidores de varejo caso a empresa a companhia seja listada há mais de 12 meses em uma bolsa reconhecida pela B3.
Desta forma, a finalização da conversão dos recibos do Nubank deve acontecer a partir do dia 10 de dezembro para permitir que investidores de varejo sigam com a propriedade do papel.