Na tarde da última quinta-feira (27), Luiz Inácio Lula da Silva divulgou uma carta com planos de governo. No documento, o petista informa que, em eventual governo, combinará responsabilidade fiscal e social. Os agentes do mercado tiveram uma reação volátil à carta, segundo apurado pelo Valor.
O documento publicado por Lula tem o nome de “Cartas para o Brasil do amanhã”, e conta com nove páginas. O petista informou que conciliará a responsabilidade fiscal com a social, além de desenvolvimento sustentável.
No entendimento de Lula, a reconstrução do país “exige uma gestão pública competente, responsável, aberta ao diálogo e com a mais ampla participação da sociedade”.
“Já governamos este país. Com responsabilidade fiscal, reduzimos a dívida pública, controlamos a inflação e acumulamos um expressivo volume de reservas cambiais que até hoje são fundamentais para a estabilidade da economia”, informa a carta de Lula.
O petista entende que a ”política fiscal responsável” precisa “seguir regras claras e realistas, com compromissos plurianuais, compatíveis com o enfrentamento da emergência social que vivemos e com a necessidade de reativar o investimento público e privado para arrancar o país da estagnação”.
Conforme Lula, “o sistema tributário não deve colocar o investimento, a produção e a exportação industrial em situação desfavorável”. O petista também considera que esse sistema “nem deve penalizar trabalhadores, consumidores e camadas de mais baixa renda”.
Reação do mercado em meio à publicação de carta de Lula
Após a divulgação da carta de Lula, os ativos no país apresentaram mais volatilidade no fim da sessão da quinta-feira passada.
O Ibovespa chegou a registrar alta acima de 3%, porém, encerrou em alta de 1,66%. No pregão de quinta, as empresas de educação se destacaram na bolsa de valores. Também houve aumento no segmento de construção civil — que integra as promessas de Lula para as eleições 2022.
O dólar, por sua vez, teve desvalorização de 1,35% em relação ao real, no fechamento da quinta.
Recentemente, investidores e empresários tinham cobrado Lula para que fossem divulgados, de forma clara, os compromissos relativos à política econômica planejada em um possível governo.
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