Empresário que pediu que funcionárias registrassem o VOTO com celular no sutiã recebe MULTA. Descubra o valor

Adelar Eloi Lutz, o empresário que foi investigado por suposto assédio eleitoral, assinou um Termo de Ajuste de Conduta com o Ministério Público do Trabalho da Bahia depois de  ter dito em áudios que instruiu funcionárias a colocar “o celular no sutiã” para filmar o momento do voto e comprovar que votaram no candidato escolhido por ele. As informações foram reveladas na edição desta quarta, 26, do Jornal da Manhã, da TV Bahia.

É exigido pelo termo, de acordo com apurações, que o empresário pague R$150 mil de indenização por danos morais coletivos. Adelar deverá fazer ainda uma retratação pública, onde precisa reforçar o direito de liberdade de voto. 

Caso ele não obedeça as exigências, terá que pagar uma multa de R$50 mil. Foi dado pela Justiça um prazo de 48 horas para o empresário atenda às demandas do acordo.

O dinheiro da indenização será direcionado para o Fundo de Promoção do Trabalho Decente (Funtrad), destinado a projetos de proteção ao trabalho no município de Formosa do Rio Preto, local do caso.

Entenda o caso

O empresário afirmou que os áudios gravados em que orienta as empregadas a colocar “o celular no sutiã” para filmar o voto na urna foi uma “brincadeira” e que “nunca pressionou nenhum funcionário” sobre eleições.

O empresário atua no setor do agronegócio da região oeste da Bahia. O Ministério Público do Trabalho começou a investigá-lo por conta de um suposto assédio eleitoral através de inquérito instaurado. Foi expedida ainda uma recomendação para que ele se abstenha de forma imediata de manter ou reiterar as práticas ilegais.

No áudio que circulou em aplicativos de mensagens, Adelar dizia que “Tinham cinco (empregadas que não concordavam), dois voltaram atrás. Das outras dez que estavam ajudando na rua, todos tiveram que provar, filmaram na eleições. Se vira, entrem com o celular no sutiã, que seja, vai filmar, se não, rua”.

Depois ele disse que demitiu quem não cumpriu sua ordem. “Filmaram e provaram que votaram. Duas não queriam e estão para fora, hoje já estão falando ‘eu vou votar no Bolsonaro agora’. Então vota, primeiro prova que nós contratamos de novo”, adicionou.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.