- Confira dicas para uma carteira de investimentos caso Lula ou Bolsonaro vençam as eleições
- Especialistas montam ainda uma carteira defensiva
Falta pouco para o Brasil saber quem irá comandar o país pelos próximos quatro anos, se será Jair Bolsonaro ou Lula. Seja qual for a decisão, algumas empresas poderão ser mais beneficiadas caso Lula vença e já outras caso Bolsonaro vença, ao passo que é possível montar uma carteira de investimentos defensiva para cada cenário.
Diante disso, os analistas da Levante Ideias de Investimentos, Flávio Conde e Cauê Ribeiro, montaram três carteiras: “Bolsonaro”, “Lula” e “Defensiva”, com dez ações cada uma.
Confira as carteiras montadas
Carteira Bolsonaro
1: Banco do Brasil
De acordo com a Levante, sem interferência do governo, terá uma liberdade para emprestar a taxas de juro de mercado. É relembrado pelos analistas que a empresa teve o lucro líquido mais elevado entre os bancos no segundo trimestre deste ano, fora o dividend yield (rendimento de dividendos, que é medido pelo valor dos dividendos sobre o preço da ação) de 8,6%.
2: Eletrobras
Na visão dos analistas, a Eletrobras não passaria por intervenções governamentais caso Bolsonaro permanecesse no poder. É esperado que sejam feitos investimentos em projetos rentáveis, fora um corte de custos e gastos.
3: Petrobras
A estatal pode ser privatizada e seguir a política de paridade de importação. Os investimentos seriam destinados somente a projetos que potencializam o retorno do capital na exploração e na produção de petróleo. A empresa conta com um retorno elevado em dividendos e juros sobre o capital próprio (JCP).
4: Cyrela
Os juros devem cair mais rapidamente e beneficiar todas as construtoras. A empresa teve a melhor prévia operacional do setor no terceiro trimestre deste ano e opera em todas as faixas de renda de imóveis.
5: Multiplan
As taxas de juros podem cair mais rápido e beneficiar todos shoppings. Segundo a Levante, a companhia teve a melhor prévia operacional do terceiro trimestre e opera diversos dos melhores shoppings do Brasil.
Carteira Lula
1: Venda de ações do Banco do Brasil
No caso de Lula se eleger, os analistas sugeriram operação de venda (acreditando na queda) para os ativos da empresa. Na visão dos analistas, o Banco do Brasil corre risco de intervenção governamental caso Lula ganhe.
2: Venda de ações da Eletrobras
O candidato do PT vem criticando a privatização da Eletrobras, dizendo que a operação causou uma elevação nas contas de luz, aumentando a a aversão ao risco do mercado em caso de eleição de Lula.
3: Venda de ações da Petrobras
A empresa corre risco de sofrer uma intervenção governamental em um possível governo Lula e os analistas vem destacando recentes falas do candidato do PT como: “abrasileirar” os preços da gasolina, diesel e gás de cozinha.
4: MRV
Caso Lula vença, o programa Casa Verde e Amarela volta a se chamar Minha Casa Minha Vida e será reforçado. Neste segmento se destaca a construtora e incorporadora MRV e, segundo a Levante, deve se beneficiar com isso.
5: brMalls
A empresa que administra shopping centers pode ser beneficiado pela continuidade do Auxílio Brasil, já que seus shoppings são em média, voltados para classe C, ou seja, para um público mais popular.
Carteira defensiva
1: Itaú
A instituição é o banco privado melhor posicionado para uma possível recuperação da economia, redução dos juros e queda na inadimplência. Fora isso, suas ações estão precificadas a somente 189% do valor patrimonial versus média histórica de 210%, destaca a Levante.
2: Isa CTEEP
Esta é a maior empresa transmissora de energia elétrica do Brasil, sendo que a grande parte da receita dos contratos de concessões é indexados ao IPCA e alguns ao IGP-M, o que acaba protegendo a companhia e seus resultados em fases de inflação alta.
3: PRIO
Esta é uma empresa com foco no investimento e na recuperação de ativos em produção de petróleo, especializada na gestão eficiente de reservatórios e no redesenvolvimento de campos maduros.
4: Cyrela
Com as taxas de juros podendo cair no próximo ano, as construtoras devem ser beneficiadas, uma vez que a empresa teve sua melhor prévia operacional no setor neste terceiro trimestre e trabalha em todas as faixas de renda, trazendo um caráter defensivo para a empresa.
