As pesquisas eleitorais mais recentes vêm apontando para um acirramento maior da disputa entre Lula e Bolsonaro. A aproximação de Bolsonaro tem causado impacto no mercado, e feito com que os valores dos ativos apresentassem alta nos últimos dias.
Na interpretação de analistas consultados pelo Valor, o comportamento recente reflete temores com a lentidão de Lula para esclarecer sua proposta de política econômica. O mercado espera, principalmente, informações mais claras sobre quem passaria a liderar a economia em eventual mandato do petista.
No primeiro turno das eleições 2022, Lula apareceu na frente de Bolsonaro, mas com uma diferença menor do que a indicada pelas pesquisas eleitorais. Diante desse resultado fora do previsto, os mercados registraram uma grande valorização no dia seguinte.
No entendimento dos analistas isso aconteceu porque uma disputa mais acirrada levaria o ex-presidente a prosseguir mais aceleradamente para o centro, a modificar o discurso e oferecer propostas mais claras relativas à política fiscal, além de um eventual nome para a pasta econômica.
No entanto, as perspectivas não foram concretizadas. Além disso, Lula apresentou um discurso mais duro com relação a tópicos como a alteração na política de preços da Petrobras.
Os discursos do candidato contrariam a visão considerada adequada para o crescimento econômico e para a manutenção dessas empresas.
Algumas das propostas de Lula para a economia
Entre as grandes propostas de Lula para a economia, estão o aumento de investimentos públicos, fim do teto de gastos e renegociação de dívidas familiares.
O petista pretende apresentar uma reforma tributária, com simplificação dos tributos. A ideia do candidato é de que os ricos paguem mais, e os pobres paguem menos impostos.
Lula também planeja modificar a tabela do Imposto de Renda. Nesse sentido, os mais ricos pagariam IR. Já os recursos arrecadados seriam usados para investir em programas e projetos com alta capacidade de induzir o crescimento.
Outra sugestão de Lula é alterar a política de preços de combustíveis e gás. A nova política levaria em conta os custos nacionais — e seria adequada ao aumento dos investimentos em refino e distribuição.
O petista também planeja recriar o Ministério da Previdência Social. No entendimento de Lula, caso a Previdência seja “humanizada”, poderia “ser muito melhor”.
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