REAL DIGITAL deve ter primeiras unidades CRIADAS ainda nesta semana

O Real Digital, que foi anunciado no ano passado, pode estrear nesta quinta, 20, ainda de maneira experimental. Esta possibilidade foi revelada por um integrante do Lift (Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas), programa de inovações do Banco Central e Fenasbac, para a Folha de São Paulo. A versão digital da nossa moeda não será uma cripto, mas sim uma moeda com lastro do governo.

O Banco Central vem realizando, desde a apresentação do Real Digital, ações com stakeholders e com o público para estabelecer os possíveis usos do Real Digital. O LIFT é uma das ações criadas e tem, entre os participantes, Itaú, Santander, Visa, Mercado Bitcoin e Febraban.

Podem surgir dúvidas a respeito da diferença da versão digital do Real com uma criptomoeda. A característica em comum para ambas é que elas são digitais “não palpáveis”. No entanto, o Real Digital será centralizado, emitido pelo próprio Banco Central do Brasil e com um valor estável, isto é, seus R$ 10 digitais valerão R$ 10 de arara, sendo  uma extensão do Real físico.

No caso das criptomoedas, como o bitcoin, elas são descentralizadas, precisam ser mineradas e não são lastreadas, funcionando mais como um investimento e tento  volatilidade alta.

O real digital tem a vantagem do usuário não precisar obrigatoriamente de uma conta bancária para usar o dinheiro, uma vez que ele será armazenado em uma carteira virtual. Algum sistema do governo ficará encarregado de gerenciar as transações, possivelmente o próprio Banco Central.

A CBDC  facilita ainda o uso do dinheiro em viagens internacionais. Com o Real Digital será possível viajar e converter a moeda diretamente no país de destino.

Falando sobre segurança, a expectativa é que a moeda seja desenvolvida dentro da tecnologia blockchain. Com isso, os crimes financeiros podem ser acompanhados com maior detalhamento, e permite que órgãos de controle compreendam de forma mais aprofundado os fluxos de dinheiro.

A chegada da versão virtual da moeda irá ajudar nas transações através de meios eletrônicos e pela internet. A moeda vem sendo debatida e testada por um pequeno grupo de participantes do mercado que fazem a verificação da viabilidade tecnológica da nova moeda.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.