- Lula e Bolsonaro possuem alguns pontos distintos sobre a condução do país;
- Lula defende a volta de alguns programas existentes em seu antigo mandato;
- Bolsonaro segue com foco na privatização de empresas.
No dia 30 de outubro, os brasileiros escolherão quem será o presidente da República pelos próximos quatro anos. Na disputa, estão Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro. Em um possível futuro mandato, os presidenciáveis sugerem diversas medidas para a economia.
Em algumas áreas, Lula e Bolsonaro apresentam visões distintas sobre a condução do país. Na área da economia, também é possível observar certas divergências. Conforme compilado pelo InfoMoney, essas são as sugestões dos presidenciáveis das eleições 2022:
Propostas de Lula para a economia
Como forma de enfrentar a inflação e a carestia — especialmente de alimentos, e eletricidade e combustíveis —, Lula deseja promover uma política econômica.
O petista pretende voltar com o Ministério do Planejamento. Para focar em pequenas e médias empresas, uma outra pasta deve ser criada.
O programa Bolsa Família também deve ser retomado e ampliado com o possível governo de Lula. A ideia seria realizar pagamentos mensais de R$ 600.
Outra medida pretendida é a nova política de valorização do salário mínimo. Uma nova legislação trabalhista também está nos planos.
Lula vem se posicionando a favor da revisão do regime fiscal atual, além do fim do teto de gastos. Outro ponto defendido pelo ex-presidente é o encerramento do orçamento secreto.
A reforma tributária também é visada pelo petista. Por um lado, o objetivo seria simplificar tributos, diminuir a cobrança sobre consumo e elevar a progressividade. Já por outro, a renda e a riqueza teriam impostos aumentados.
O ex-presidente planeja reajustar a tabela do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF). A proposta é de zerar o tributo para quem recebe até R$ 5 mil mensais.
O petista é a favor de que exista um forte programa de investimentos públicos. Ele entende que a função ativa do Estado ajudará a iniciativa privada a inserir o Brasil no caminho do crescimento.
Nesse sentido, Lula visa o retorno do Minha Casa Minha Vida, retomada de obras paradas do Programa de Aceleração do Crescimento (PEC), e também foco em outras áreas.
Em parceria com governadores, Lula deseja adotar um programa de infraestrutura. Outra sugestão é retomar a capacidade de investimento de bancos públicos, e também a reindustrialização brasileira.
Com relação à Petrobras, Lula se posiciona contra a política de paridade internacional. Outra política seria adotada.
Propostas de Bolsonaro para a economia
Um dos pontos a ser buscado por Bolsonaro em um possível segundo mandato é a desestatização. Isso seria por meio de concessão de serviços públicos, parcerias público-privadas e privatização de companhias. As empresas estatais consideradas não essenciais também entrariam na mira da privatização.
O atual presidente também visa a inclusão do país em organismos multilaterais, como a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Bolsonaro pretende manter o Auxílio Brasil em R$ 600 mensais no próximo ano. Outros incrementos no programa social também estão nos planos.
O candidato busca incentivar o empreendedorismo. Além disso, ele planeja reajustar o salário de funcionários públicos.
Investimentos na infraestrutura em localidades menos desenvolvidas também estão nos planos. Serviços disponibilizados pelo governo seriam digitalizados em eventual governo Bolsonaro.
O presidente atual também conta com medidas direcionadas aos setores de turismo, agronegócio, e também de siderurgia, metalurgia e indústrias de base.
A legislação trabalhista seria mantida no governo Bolsonaro. O presidenciável pretende gerar mais de seis milhões de vagas de emprego no eventual mandato futuro.
Bolsonaro tem planos de assegurar a consolidação fiscal. O teto de gastos também deve ser revisto em um possível governo. O atual chefe do Executivo deseja adotar a agenda “3D” — que engloba a desindexação, desvinculação e desobrigação de despesas orçamentárias.
Outros pontos defendidos são a simplificação da legislação, elevação da progressividade, redução da carga tributária, além de fazer com que o sistema seja “concorrencialmente neutro”.
Bolsonaro segue com o objetivo de reajustar a tabela do Imposto de Renda. A ideia seria isentar quem recebe até cinco salários mínimos.