Ação desta empresa DISPARA 20%. Descubra o motivo

Na última terça, 11, novamente as ações da Braskem reagiram as informações sobre um interessado em potencial na empresa, diante de boatos sobre a venda da parcela de propriedade da Novonor, antiga Odebrecht. Próximo da abertura, às 10h25, os ativos da empresa já cresciam 10,04%, a R$30,69, na terça. Neste dia, o ativo fechou com uma alta de 20,40% a R$33,58.

A gestora americana Apollo, de acordo com a coluna do jornalista Lauro Jardim, do O Globo, fez uma oferta pela Braskem. O valor por ação seria de R$50, proposta 25% superior a dada anteriormente. A nova proposta engloba o fechamento de capital da empresa na B3 e a abertura posterior na Bolsa de Nova York.

Em sua avaliação, o Bradesco BBI disse que esta nova oferta está mais alinhada com um valuation para mudança de comando na empresa e poderia ser boa diante das atuais condições desafiadoras para spreads de resina.

“Acreditamos que o preço da oferta também cobriria os valores da dívida da Novonor com bancos brasileiros. Caso essa oferta se concretize, a questão-chave é se a transação poderia acontecer a tempo de ser concluída antes de uma mudança de governo no Brasil. Acreditamos que, se houver uma mudança de governo, provavelmente ele não iria querer a venda da participação da Petrobras PETR4 na Braskem”, disseram os analistas ao InfoMoney.

O JPMorgan, ainda em destaque para o papel da empresa, repetiu a recomendação overweight, que é a exposição acima da média do mercado, equivalente à compra,  para BRKM5, com preço-alvo de R$ 56 por ação para dezembro do próximo ano, ou um potencial de valorização de 101% em comparação ao fechamento da segunda, 10.

De acordo com o banco, a Braskem tem diversificação geográfica e uma estrutura de capital sólida, duas razões para deixar a empresa bem posicionado no setor de atuação.

O grande receio dos investidores é a perspetiva do ciclo. A companhia segue a enxergar uma deterioração nos spreads em todos os produtos, o que levou para baixo suas projeções iniciais de crescimento para o ano.

“Nós esperamos um aumento expressivo na capacidade de polietileno (PE) e polipropileno (PP) em 2022 e 2023. No entanto, a partir de 2024, a nova capacidade para estes segmentos não devem ser relevantes, melhorando os spreads e impulsionando os resultados para cima”, disseram os analistas ao InfoMoney.

Paulo AmorimPaulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.