Universidades Federais tem acontecimento PREOCUPANTE para vagas destinados aos negros

Últimos 7 anos foram marcados pela diminuição do número de estudantes negros em universidades federais. Mesmo com a Lei de cotas ainda é necessário avançar muito para inserir essa população no ensino superior.

Universidades Federais tem acontecimento PREOCUPANTE para vagas destinados aos negros
Universidades Federais tem acontecimento PREOCUPANTE para vagas destinados aos negros (Imagem: FDR)

Em agosto desse ano foi comemorado o 10º aniversário da Lei de Cotas, esse texto é importante porque ampliou o acesso da população negra ao ensino superior. No entanto, mesmo com ele em vigência, as universidades federais apresentaram um dado preocupante.

Nos últimos 7 anos o número de vagas ofertadas para a população negra nas instituições federais de ensino superior foi reduzido em 19%.

Pela Lei de Cotas, as instituições são obrigadas a ofertar 50% das vagas em cursos de graduação para estudantes da rede pública; além disso, dentro desse percentual estão inseridos os alunos pretos, pardos e indígenas, sendo que para esses grupos o número de vagas deve ser proporcional à população do estado.

Queda na oferta de vagas para negros nas Universidades Federais

No entanto, mesmo com essas determinações, o que se viu nos últimos anos foi algo bem diferente, de acordo com o relatório da Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as (ABPN) e da Defensoria Pública da União (DPU), entre 2013 e 2019 as universidades federais deixaram de ofertar 19,4% das vagas de cotas raciais.

Em termos numéricos, isso representa uma redução de mais 70 mil vagas que deveriam ter sido destinadas aos estudantes negros.

A pesquisa usou os dados do Censo do Ensino Superior de 2019, do Ministério da Educação, que levantou dados de 64 universidades federais espalhadas pelo país.

As instituições que menos ofereceram vagas de cotas raciais foram:

  • Universidade Federal do Paraná (UFPR): 16,5
  • Universidade Federal da Bahia (UFBA): 38,6
  • Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB): 38,8
  • Universidade Federal do Amapá(UNIFAP): 39,2
  • Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA): 46,6
  • Universidade Federal do Espírito Santo (UFES): 48
  • Universidade Federal do Cariri (UFCA): 52,6
  • Universidade Federal de Goiás: 52,9
  • Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO): 56,3

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Jamille Novaes
Baiana, formada em Letras Vernáculas pela UESB, pós-graduada em Gestão da Educação pela Uninassau. Apaixonada por produção textual, já trabalhou como corretora de redação, professora de língua portuguesa e literatura. Atualmente se dedica ao FDR e a sua segunda graduação.