Nos últimos dias, o dólar voltou a cair e o real se valorizou. O movimento foi observado após a divulgação dos resultados do primeiro turno das eleições. Na votação, que aconteceu em 2 de outubro, o presidente Jair Bolsonaro e seus aliados apresentaram números melhores do que o esperado pelo mercado.
No dia 3 de outubro, o dólar registrou a maior queda diária desde junho de 2018. Na ocasião, a moeda norte-americana apresentou desvalorização de 4,07% ante o real.
Os resultados das eleições movimentaram o mercado, de modo a resultar em queda do dólar. Tanto na disputa presidencial quanto nas composições do Congresso, os votos foram mais acirrados do que o estimado pelas pesquisas eleitorais.
Bolsonaro possui uma agenda econômica vista como mais liberal, o que agitou o mercado com a possibilidade de reeleição. Além disso, a vantagem mais estreita de Lula poderá fazer com que o petista escolha nomes, para um possível governo, com mais alinhamento ao mercado.
Perspectivas em meio à queda recente do dólar
Ao Valor, o sócio-fundador da Parnamby Capital e ex-diretor do Banco Central, Reinaldo La Grazie, comenta que não existe tanta opção para realizar investimento dentro dos mercados emergentes.
Segundo ele, por conta da falta de alternativa de aplicação nesses mercados — além de um sentimento melhor na fase pós-eleitoral —, o real pode ser beneficiado, pelo menos, no curto prazo.
O executivo cita que os resultados eleitorais foram muito positivos. Reinaldo comenta que, diante da concretização do segundo turno na corrida presidencial, passa a aparecer um pouco o debate sobre a condução econômica. Outro ponto favorável, segundo ele, é a composição de um Congresso mais conservador.
Em transmissão ao vivo. A economista para Brasil da Kinea, Daniela Lima, afirma que o país tem uma melhor “foto” em relação aos pares e em relação a nações desenvolvidas.
Ela explica que o Brasil conta com superávit primário em 2022. A economista ainda cita o moderado déficit em conta corrente e o avanço no ciclo de política monetária.
Daniela comenta que existe incerteza sobre quem será o próximo presidente. Apesar disso, independentemente do vencedor, ela alega que os incentivos vão para haver uma agenda fiscal mais moderada. Isso, ao menos, no começo do governo.
Confira a cotação do dólar em tempo real:
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