O ex-presidente Lula (PT) volta a disputar o cargo de chefe da União no Brasil. No dia 30 de outubro a população deve escolher entre ele, e o atual presidente Jair Bolsonaro (PL). Visando atrair a população que vive em vulnerabilidade social, o plano de governo petista propõe um novo Bolsa Família aumentando o valor pago hoje.
O Bolsa Família foi uma criação do governo Lula em 2003, mas foi substituído por Jair Bolsonaro em 2022 pelo Auxílio Brasil. Nessa transição a atual equipe de governo incluiu mais 7 milhões de famílias e aumentou o valor de pagamento de em média R$ 200 para no mínimo R$ 400. Pensando em atrair esse público mais pobre, o projeto de Lula também prevê investimento no que foi chamado de novo Bolsa Família.
“Propomos um novo Bolsa Família, que retome a ideia de um valor adicional por filhos, ou seja, valorizando a infância, que retome a ideia de garantias de que essa criança esteja na escola, seja vacinada, que cria uma perspectiva de ascensão social dessa família, porque, obviamente quanto mais emprego você gera, menos as pessoas vão depender do programa social, então tem esse fator também”, disse o economista Guilherme Mello, que integra a equipe do programa de governo da Coligação Brasil da Esperança.
Como vai funcionar o novo Bolsa Família
A ideia proposta por Lula para o novo Bolsa Família é de chegar a um valor de R$ 750 por mês. Para isso, pretende manter o pagamento de R$ 600 que hoje são liberados de forma temporárias, e adicionar R$ 150 apenas para famílias que têm em sua composição crianças de até 6 anos.
Para tanto, será usado como critério para manter o salário a frequência escolar das crianças e o calendário de vacinação sempre em dia. A ideia é incentivar a educação, e a imunização do público alvo, sendo que estes pontos já eram abordados pelo Bolsa Família quando funcionava em outro momento.
De acordo com o professor de economia da Unicamp, Guilherme Mello, para bancar este auxílio será preciso uma reforma tributária. A ideia é taxar grandes fortunas, além de atualizar a tabela do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) que não recebe alteração nas faixas de cobranças desde 2015.
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