Os investidores estão cada vez mais em busca de uma rentabilidade mensal, similar a quem aluga um imóvel para receber todos os meses o dinheiro do aluguel. O mercado já percebeu este movimento e com uma maior procura por este tipo de investimentos, as possibilidades aumentam e surgem novas aplicações para atender este público.
Recentemente, o Banco Bari lançou uma LCI (Letra de Crédito Imobiliário) com renda que remunera 100% do CDI todos os meses e com isenção de Imposto de Renda, característica desta modalidade. Os investidores recebem os rendimentos deste título mensalmente direto em sua conta no Bari.
O investimento mínimo para o produto é de R$30 mil e o prazo de vencimento é de três anos. No mês passado, o rendimento do CDI ficou em 1,17%. Sendo assim, um investimento de R$300 mil na LCI teria dado um retorno de cerca de R$3 mil por mês.
Considerando o patamar atual da Selic em 13,75%, este investimento traria um retorno de quase R$41 mil por ano. No entanto, é importante destacar que a taxa de juros está bem elevada e pode cair ao longo dos próximos meses.
Como forma de comparação, o retorno do aluguel de um imóvel no valor de R$ 300 mil é de cerca de 5,5% ao ano, de acordo com levantamento de junho realizado pelo portal imobiliário Imovelweb. Isto quer dizer que os mesmos R$ 300 mil iriam render pouco mais de R$ 16 mil no período de um ano, desconsiderando a possibilidade de vacância e possíveis despesas do bem.
A modalidade LCI de renda mensal apareceu no mercado para disputar um espaço que cada vez mais vem sendo conquistado por fundos de investimento imobiliários (FIIs) que também pagam retornos mensais isentos IR.
Este título bate de frente com a grande oferta de CDBs (Certificados de Depósitos Bancários) de bancos digitais e plataformas de pagamento que oferecem retornos de até 220% do CDI para novos clientes em período entre três meses a um ano. Porém, é cobrado Imposto de Renda.
Os LCIs e também os CDBs são “títulos” bancários, sendo assim, têm a cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), um seguro que cobre até R$ 250 mil em casos de falência da instituição emissora.
