Além das aplicações tradicionais, os investidores também podem ter acesso a opções alternativas. Entre estas, há as obras de arte. Anteriormente, o investimento em obras de arte era mais restrito a quem possuía grandes fortunas. Recentemente, existe uma acessibilidade maior.
De modo geral, o investimento em obras de arte tem o foco em médio e longo prazo. Quem aplica nessa modalidade precisa aguardar a data estabelecida para realizar o saque. Caso contrário, existe o risco de perder o rendimento previsto — além de pagar taxas.
Devido a isso, para quem busca retornos rápidos, ou deseja liquidar a aplicação rapidamente, o investimento em obras de arte não tende a ser recomendado. A opção também pode ser repensada pelos cidadãos que não possuem interesse ou não contam com tempo para conhecer mais sobre o tema.
A indicação desse investimento vale para investidores que buscam diversificar o portfólio — do mesmo modo que outros tipos de opções alternativas.
Por meio das obras de arte, os cidadãos podem obter uma rentabilidade acima da renda fixa.
Ao mesmo tempo, é possível encontrar menos volatilidade em relação às ações presentes na bolsa de valores. As obras de arte não possuem uma correlação com a bolsa, já que sua dinâmica acompanha uma direção própria.
De qualquer forma, o investidor deve ter ciência que a opção se enquadra na renda variável. Sendo assim, é importante considerar que o investimento em obras de arte pode oferecer mais riscos em relação à renda fixa, por exemplo.
Algumas das opções de investimento em obras de arte
Os modos mais conhecidos de comprar obras de arte é por meio de galerias e leilões. Para que as peças mantenham o valor, o detentor precisa realizar a manutenção necessária. Por exemplo, as obras mais antigas devem ser cuidadas em relação à umidade e controle de luz.
Apesar disso, algumas companhias atuam para facilitar a exposição nessa área. Em plataformas como a Hurst Capital, os investidores podem ter acesso a cotas de obras de arte de artistas renomados. As obras selecionadas para se tornarem investimento são de artistas de dentro e fora do país.
Os direitos sobre elas são comprados com deságio — ou seja, abaixo do valor de mercado. Com isso, no pior cenário possível, existe a possibilidade de vender ao preço real.
Uma das opções de investimento é por meio de NFTs (tokens não fungíveis). A Husrt Capital desenvolveu uma representação, no blockchain, das obras do artista Di Cavalcanti: “Paisagem Marinha” e “Cena de Carnaval”.
No caso dessa opção, o aporte mínimo é de R$ 10 mil. O retorno estimado pela plataforma é próximo a 20% ao ano. Isso dentro de um prazo de 18 meses.
Outra forma de se expor ao mercado de obras de arte é por meio de fundos de investimento. Neste caso, os gestores adquirem e vendem ativos — com o objetivo de conseguir lucro futuro.
O primeiro fundo de investimento direcionado às artes plásticas no país foi o Brazil Golden Art. Essa opção foi lançada pelo banco Brasil Plural em 2010.
Por meio deste fundo, os cidadãos podem adquirir uma cota de obras para receber os lucros após as vendas. O resgate pode ser realizado com o prazo mínimo de 5 anos.
O investidor deve se atentar às questões legais
Ao realizar esse tipo de investimento, as pessoas devem saber que nem todas as obras de arte possuem cobertura pelo Fundo de Garantidor de Crédito (FGC). Esta garantia está disponível somente para alguns ativos de renda fixa. Sendo assim, no caso das obras de arte, a pessoa assume toda a responsabilidade.
Ao levar em conta o Imposto de Renda, o cidadão precisa declarar as obras de arte compradas na ficha bens e direitos. Vale destacar que os impostos e documentação precisam estar em dia.
O investidor ainda deve saber que as negociações estão sujeitas à cobrança de 15% sobre o ganho de capital, assim como o Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doações (ITCMD) — na situação de doações ou herança.
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