Inflação brasileira RECUA em setembro. Confira grupos que puxaram a queda

Em setembro, a prévia da inflação oficial do país caiu mais que o projetado e registrou a segunda deflação seguida. O resultado deste mês ainda foi  influenciado pela queda dos combustíveis, especialmente da gasolina, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15) que é referência para o regime de metas da inflação, recuou 0,37% em setembro, após encolher 0,73% no mês passado. No acumulado de 12 meses, o IPCA-15 registrou avanço de 7,96%, ficando abaixo dos 9,60% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.

De acordo com analistas procurados pela Reuters, era aguardado um recuo de 0,20% na comparação do mês e uma alta de 8,14% em 12 meses. Em setembro do ano passado, o IPCA-15 teve alta de 1,14%.

Observando os resultados de setembro, somente três dos nove grupos do índice passaram por queda de preços: Transportes (-2,35%), Comunicação (-2,74%) e Alimentação e Bebidas (-0,47%), seguindo o IBGE. 

Este recuo no grupo Transportes aconteceu por conta da queda nos combustíveis (-9,47%). Etanol (-10,10%), gasolina (-9,78%), óleo diesel (-5,40%) e gás veicular (-0,30%) que passaram por quedas de preço.

A gasolina se destacou entre os 367 subitens pesquisados, sendo responsável por tirar 0,52 ponto percentual do índice.

“Esse resultado decorre da redução no preço do produto vendido para as distribuidoras, em 16 de agosto (R$ 0,18 por litro) e em 2 de setembro (R$ 0,25/l)”, destacou o IBGE.

Outro grupo que passou por  deflação em setembro foi o de alimentação e bebidas. Este recuo foi influenciada pela alimentação no domicílio, que caiu 0,86% na passagem de agosto para setembro.

“Apesar dessa queda em setembro, o preço do leite acumula alta de 58,19% no ano no IPCA-15”, ponderou o instituto.

O IPCA é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo. Ele é calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), é considerado o índice oficial de inflação no Brasil. O índice mede a variação de preços de produtos e serviços para o comprador final. 

O índice mede as mudanças de preços de uma cesta de consumo (que pode variar entre os países) representando os custos de vida num período e numa região definida, e é normalmente calculado com uma base mensal.

Além do IPC, é normal o cálculo de vários sub-índices tendo em conta certos sectores e / ou tipos de produtos. É também possível calcular o IPC para produtos individuais; para isso basta dividir o preço atual pelo preço do período base e multiplicar por 100.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.