Na transição do mês de agosto para setembro, o preço da gasolina teve um recuo na margem de 8,35%. A queda está relacionada à redução promovida pela Petrobras nas refinarias no último dia 2 de setembro.
Esta já é a quarta redução no preço da gasolina desde o mês de julho e a 12ª queda consecutiva no litro do combustível no prazo de um ano. Dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) indicam que o preço médio do combustível caiu de R$ 5,04 para R$ 4,97, representando uma queda de 1,39%.
Foi a primeira vez no ano que o litro da gasolina ficou abaixo de R$ 5. Segundo a ANP, a última vez em que o preço do combustível atingiu esta marca foi em fevereiro de 2021. O percentual mantém o menor patamar desde a semana concluída em 20 de fevereiro de 2021, quando o litro era vendido a R$ 4,917.
Em contrapartida, o valor máximo encontrado em alguns postos foi de R$ 6,99. Em um período inferior a três meses, o preço da gasolina teve uma queda de 19,2% nas refinarias. Durante o momento de pico, no dia 18 de junho, o combustível chegou a R$ 4,06. Esses são os valores iniciais da cadeia produtiva da combustível.
É importante destacar que, o preço da gasolina também sofre os impactos dos lucros das distribuidoras e revendedoras, não apenas dos impostos. Somente então, são estabelecidos os valores que chegam ao conhecimento dos consumidores.
A queda drástica é uma combinação entre o barateamento dos combustíveis no mercado internacional junto à redução forçada dos impostos devido à proximidade do pleito eleitoral. Isso porque, os combustíveis compõem um dos principais motores da inflação brasileira.
Variação no preço da gasolina por Estados
Observe a seguir, a variação da redução no preço da gasolina por Estados:
- Rio Grande do Norte: -11%;
- Amapá: -11,68%;
- Pernambuco: -10,65%;
- Acre: -4,45%;
- Bahia: -5,41%;
- Roraima: -6,25%.
Os dados foram obtidos a partir do registro das transações com o cartão ValeCard feitas entre os dias 1º e 27 de setembro em mais de 25 mil estabelecimentos credenciados.
A redução dos combustíveis sente o efeito da limitação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) adotada pelos estados depois que foi sancionado o projeto que cria um teto para o imposto sobre itens como diesel, gasolina, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo.v