ELEIÇÕES 2022: saiba o que os candidatos prometem para os segurados do AUXÍLIO BRASIL

Pontos-chave
  • Presidenciáveis apresentam propostas para manter o Auxílio Brasil em 2023;
  • Candidatos às eleições propõem manter o valor de R$ 600 em 2023;
  • Parcela atual do Auxílio Brasil é temporária e será paga somente até dezembro de 2022.

Com a proximidade das eleições 2022 os candidatos intensificam as promessas de campanha. Devido à popularidade, o principal alvo das propostas tem sido o programa Auxílio Brasil e o desejo de mantê-lo no próximo ano.

ELEIÇÕES 2022: saiba o que os candidatos prometem para os segurados do AUXÍLIO BRASIL
ELEIÇÕES 2022: saiba o que os candidatos prometem para os segurados do AUXÍLIO BRASIL. (Imagem: FDR)

O auge do Auxílio Brasil é pautado pela viabilização de um aumento no valor de R$ 200. A quantia pôde ser liberada em virtude da promulgação da PEC dos Benefícios, elevando a transferência de renda de R$ 400 para R$ 600.

No entanto, trata-se de uma medida temporária com duração de cinco meses, cuja validade expira em dezembro de 2022. O Auxílio Brasil foi criado em 2021 pelo governo Bolsonaro com o intuito de substituir o tradicional Bolsa Família

Conforme declarado pelo próprio presidente da República, Jair Bolsonaro, desde o princípio, a intenção foi acabar com qualquer vestígio petista e ainda assim conceder a transferência de renda para a população vulnerável

Criador do Bolsa Família, Luiz Inácio Lula da Silva, logicamente, não ficou nada feliz com a extinção do programa. Neste sentido, a corrida à presidência tem sido marcada por um duelo entre Lula e Bolsonaro acerca do valor, tempo de duração e paternidade de ambos os benefícios sociais. 

Promessas em comum sobre o Auxílio Brasil para as eleições 2022

As principais promessas dos candidatos quanto à manutenção do Auxílio Brasil em 2023 se referem ao benefício no valor de R$ 600. O programa começou pagando R$ 217,18 para 14,6 milhões de beneficiários. Em maio deste ano o valor da parcela foi fixado em R$ 400 para 18,5 milhões de famílias vulneráveis. 

Hoje, o benefício atende 20,65 milhões de famílias com parcelas de R$ 600. Para que o Auxílio Brasil em 2023 se mantenha em R$ 600, é preciso que uma destas providências sejam tomadas:

  • Elaboração de um Proposta de Emenda à Constituição (PEC) ainda em 2022 na tentativa de assegurar o benefício de R$ 600 em 2023;
  • Criação de uma Medida Provisória (MP) que disponha sobre a abertura de um crédito extraordinário, fora do teto;
  • Previsão do valor de R$ 600 no Auxílio Brasil em 2023 a partir do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA).

Antes de mais nada, para que o valor de R$ 600 seja efetivado pelo Auxílio Brasil em 2023 seja efetivado, é preciso que o benefício no respectivo valor parcial e o investimento total, esteja previsto no Orçamento de 2023

Propostas dos candidatos às eleições 2022 para o Auxílio Brasil

Bolsonaro

Bolsonaro conta com um prazo de entrega do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) cada vez mais acirrado. O texto é crucial para estabelecer as despesas de 2023, entre elas, o Auxílio Brasil, responsável por amparar a população vulnerável. 

Entretanto, Bolsonaro evitou esclarecer a maneira como o valor do Auxílio Brasil em 2023 será custeado, embora tenha afirmado que a responsabilidade fiscal será preservada. 

No entendimento da ala política, uma alternativa em fase de estudos para que o Auxílio Brasil de R$ 600 seja mantido em 2023 é anexar uma espécie de “nota informativa” no projeto do Orçamento anual. 

Lula 

O desejo de manter o benefício elevado no próximo ano se estende ao ex-presidente e candidato às eleições de 2022, Luiz Inácio Lula da Silva. O petista lidera as pesquisas de intenção de voto para o pleito eleitoral deste ano, e não ficou nada satisfeito com a extinção do Bolsa Família, programa criado por ele. 

Desta forma, a promessa caso ele seja eleito para um terceiro mandato presidencial é reformular a antiga transferência de renda e liberá-la no valor atual de R$ 600 ou mais. 

Entretanto, é importante levar em consideração que, nem Lula nem Bolsonaro, apresentaram uma fórmula que especifique como o valor mencionado será mantido em 2023, de modo que seja encaixado no Orçamento sem promover um impacto estrondoso. 

Ciro Gomes

Ciro Gomes defende a criação de um novo programa de distribuição de renda, que será chamado de “Eduardo Suplicy”, em homenagem ao ex-senador que sempre defendeu um programa de renda mínima. A intenção é pagar R$ 1 mil, em média, para cerca de 24,2 milhões de famílias

Simone Tebet

Simone Tebet também afirmou que pretende substituir o Auxílio Brasil por um programa social focado “nas famílias que mais precisam”, com a criação de faixas diferenciadas para o recebimento do benefício conforme a composição familiar e a insuficiência de renda. 

Para participar desse programa, a pessoa teria que manter a vacinação das crianças em dia, além de frequentar a escola regularmente. Apesar de não citar o valor do novo programa social, Tebet declarou que “não como fugir disso [próximo dos R $600].”

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Laura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.