O anúncio da conclusão da sexta reunião anual do Comitê de Política Monetária do Banco Central traz um novo valor para a Selic, taxa básica de juros no país. É esperado um novo aumento nesse valor, porém inferior ao acréscimo dado nas últimas reuniões. A divulgação desta decisão deverá acontecer em breve.
Essa taxa básica de juros é utilizada na compra e venda de títulos públicos que são negociados pelo Tesouro Nacional, dentro do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic). É através dessas negociações que o Banco Central busca manter as taxas da inflação no intervalo pré-determinado em reunião.
Durante o último encontro do Comitê, que aconteceu em agosto, a taxa Selic sofreu um aumento de 0,5%, o que aumentou seu valor para os 13,75% atuais. Porém, um comunicado feito após esta reunião declarou que a expectativa do aumento proposto para a reunião atual, seria de 0,25.
Os votantes ainda se mostram em dúvida se esse aumento deve ser colocado em prática. Já que a esperança do mercado financeiro é que a taxa básica termine o ano no valor atual de 13,75%.
Vale salientar, que o Comitê de Política Monetária do Banco Central ainda terá mais dois encontros para reajuste do valor neste ano, sendo um em outubro e outro em dezembro.
Como a SELIC influi nos gastos da população
Na prática a variação da taxa básica de juros determina a facilidade ou dificuldade no aumento de poder de compra da população. A Selic é o principal instrumento utilizado pelo Banco Central para controlar, de forma indireta, os gastos da população.
Essa delimitação no empreendimento orçamentário, em larga escala, auxilia a manutenção da inflação dentro da expectativa e dos limites criados. A subida e descida da taxa é utilizada para remediar o disparo dos preços.
Um é a mudança na taxa de juros que ocorre quando é solicitado um empréstimo. Se o valor da Selic estiver alto, o pagamento a ser feito no vencimento desse empréstimo será mais alto do que se a mesma taxa estivesse valendo menos. Os empréstimos bancários levam outros fatores em consideração, mas a Selic é um dos principais.
Quando o Comitê de Políticas Monetárias aumenta essa taxa básica de juros, a intenção é resfriar o mercado que pode estar super aquecido e entrando em desequilíbrio.
Com juros muito altos a população tende a gastar menos e poupar mais, o que diminui o fluxo de caixa na economia e facilita o controle da inflação. Já quando o Copom diminui a Selic, é uma forma de deixar o crédito mais acessível, incentivando as compras e pedidos de empréstimo, reaquecendo a economia do país.