Quais taxas são usadas nos financiamentos imobiliários?

Pontos-chave
  • Alta da Selic faz brasileiros adiarem compra da casa própria
  • Visão está equivocada
  • Fazer um financiamento necessita de alguns pontos de atenção

A taxa Selic, que é usada para o cálculo de juros na economia do Brasil, passou pelo 12º aumento seguido e recentemente subiu de 13,25% para 13,75% no começo do mês passado. Por conta desses aumentos, diversos brasileiros estão adiando o sonho de conquistar a casa própria através de financiamentos imobiliários, já que acreditam que com a Selic alta comprar um imóvel está mais caro. Mas esta é uma visão errada. Entenda.

Esta é uma visão errada pois os financiamentos imobiliários usam como base conceitual e econômica oriunda da poupança, o que assegura um custo de remuneração limite de 6,17% + TR (Taxa Referencial).

Segundo o CEO da Credihome by Loft, Bruno Gama, essa diferenciação inclusive faz com que o mercado imobiliário seja uma das melhores opções de investimentos no cenário atual.

“No mesmo período que a Selic saiu de 2% para 13,75%, a taxa de juros do crédito imobiliário passou dos 7% para 9,5%. Isso simboliza um aumento muito menor, ou seja, o financiamento imobiliário, apesar dessa alta, continua sendo uma das opções mais sólidas no Brasil, sendo ainda vantajoso comprar um imóvel. Não existe uma opção mais barata. Tem muita gente pensando em quitar o crédito imobiliário, e fazer um financiamento de carro, por exemplo, mas essa manobra não faz sentido acompanhando a taxa de juros, já que para um financiamento de carro a taxa está rodando ali entre 30 e 50% ao ano, enquanto falamos de 11 ou 12% nos imóveis considerando todos os custos”, disse o CEO da Credihome by Loft.

Essa diferenciação de taxas alocadas no mercado imobiliário se deve pelo fato do setor não ter o seu cálculo baseado na Selic, mas sim na poupança, o que faz com que o crédito imobiliário atue com apenas um dígito, enquanto a taxa básica de juros bata os dois dígitos.

A Credihome by Loft é a principal plataforma de crédito imobiliário do Brasil, que visa desburocratizar o financiamento por meio de um processo totalmente digital e com uma assessoria gratuita e completa.

Atenção no momento de fazer um financiamento 

Porém, Bruno faz alertas importantes para aqueles que querem fazer um financiamento para adquirir um imóvel. O primeiro ponto de atenção realçado é com relação à composição da taxa de juros do contrato. Segundo o especialista, atualmente o mercado atua com três modalidades distintas, sendo importante que o comprador esteja ciente do funcionamento de cada uma delas para não ter surpresas no decorrer da quitação do imóvel.

“Normalmente os bancos utilizam uma taxa fixa adicionada a um indicador de correção, sendo o mais comum o TR, que é razoavelmente pequeno. Existem também os módulos corrigidos pelo IPCA, que é o índice de inflação e que geralmente é bem maior. Esses contratos geralmente têm a taxa de juros da parcela mais baixa, o que faz com que muitos compradores achem que essa opção é mais vantajosa, mas não é o caso necessariamente, já que ainda há a correção pelo IPCA, que no Brasil é algo extremamente incerto”, argumenta Gama.

Além dessas opções também existe a modalidade variada da poupança, que acaba contando com a variação da Selic, uma vez que quando a Selic fica abaixo de 8,5% a poupança passa a ser corrigida em 70% da Selic. Nesse caso, o CEO alerta sobre o tipo de amortização escolhida para esse tipo de financiamento.

“Embora o mercado tende a oferecer o SAC – modelo que tem uma parcela inicial mais alta, mas conforme o contrato evolui, elas diminuem -, o público acaba priorizando o pricing, que é baseado numa parcela menor, sendo este o principal ponto de sedução para o público. Porém essa linha não apenas deixa de diminuir o valor com o passar do tempo, como também é corrigida pelo indexador de juros”, detalha.

Diante de todo esse cenário de alternativas e possibilidades, Bruno Gama ressalta ainda a importância de se contar com uma assessoria que ajude o comprador a buscar as melhores condições de financiamento ao adquirir um imóvel, sobretudo, em uma época de alta de juros no mercado.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.