O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a defender a taxação de lucros e dividendos para que o governo consiga pagar o Auxílio Brasil de R$ 600 no próximo ano. A declaração foi realizada nesta segunda-feira (19), em entrevista à Rádio Guaíba.
A taxação de lucros e dividendos, que seria usada para bancar o Auxílio Brasil de R$ 600, integra a sugestão de reforma do Imposto de Renda. O documento foi enviado pelo governo ao congresso. Atualmente, a medida está paralisada no Senado.
Por meio a taxação de lucros e dividendos, seria possível conseguir uma arrecadação de R$ 50 bilhões. Este valor seria suficiente para que o pagamento do Auxílio Brasil seja mantido em R$ 600.
“Todo o nosso programa é claro e pode ser aprovado depois das eleições. Mas o tempo é sempre da política”, afirma Paulo Guedes.
Por meio da isenção atual, 60 mil brasileiros são favorecidos pela oferta de mais de R$ 300 bilhões em lucros e dividendos.
A sugestão de reforma tributária também prevê a correção da tabela do Imposto de Renda e tributação da parcela da população mais rica do país.
“Nós não conseguimos fazer a nossa reforma tributária. Nós reajustaríamos a tabela, aumentaríamos o limite de isenção de Imposto de Renda para os mais frágeis e nós tributaríamos os super ricos”, comenta Guedes.
Segundo o ministro da Economia, como não houve a realização da reforma tributária, ajustes estão sendo realizados “aos poucos”. Como exemplo, Guedes comentou sobre a redução dos “impostos indiretos, que tiram a competitividade da indústria brasileira”.
Bolsonaro afirma que pretende manter o Auxílio Brasil de R$ 600
Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que manterá o Auxílio Brasil em R$ 600. Segundo a atual lei, no próximo ano, o benefício do governo retornará com o pagamento de R$ 400.
Segundo o Orçamento de 2022, que foi enviado ao Congresso em agosto, existe a sugestão de que o valor médio do benefício seja de R$ 405,21.
No documento, o governo informa que procurará elevar o valor pago do Auxílio Brasil de modo permanente. O documento cita que o governo buscará soluções jurídicas e orçamentárias para que o valor seja mantido em R$ 600 no ano que vem.