Faraó dos Bitcoins será preso se não pagar valor SURPREENDENTE para credores

Foi determinada pela juíza Rosália Monteiro Figueira, da 3ª Vara Federal Criminal do Rio, que Glaidson Acásio dos Santos, mais conhecido como “Faraó dos Bitcoins”, efetue o depósito de R$19 bilhões para pagar investidores e credores em criptomoedas. O valor precisa ser depositado em juízo e em até 72 horas.

Logo após o depósito, o valor será encaminhado para uma conta da 5ª  Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio para, se for o caso, ser mandado para os investidores e credores da GAS Consultoria. O depósito foi determinado pela juíza como uma das medidas cautelares ordenadas pela Justiça a Glaidson.

Na semana passada, Gleidson obteve um habeas corpus no Tribunal Regional Federal da 2ª Região e foi determinado que a ordem de prisão em um dos processos respondido pelo “faraó”  seria substituída por medidas cautelares. 

A magistrada determinou que além do depósito de R$19 milhões, também fossem aplicadas outras medidas, como a apreensão do passaporte de Glaidson Acásio. No entanto, o “Faraó do Bitcoin” segue detido por conta de outros mandados de prisão que constam em processos.

Glaidson Acásio foi preso em agosto de 2021 durante a Operação Kriptos, sob acusação do Ministério Público Federal de ser líder de uma organização criminosa responsável por um esquema de pirâmide financeira milionário que começou em Cabo Frio, na Região dos Lagos.

Já em maio deste ano, o advogado Sergio Zveiter, foi escolhido como administrador judicial na ação ajuizada pela GAS Consultoria Bitcoin na 5ª Vara Empresarial da Capital.

O advogado então abriu um cadastro para que os credores da empresa do “Faraó” se inscrevessem através da internet. De acordo com o jornal “O Globo”, o valor total informado pelos credores está em cerca de R$9 bilhões até hoje. Porém, o valor da dívida será efetivado apenas se a GAS comprovar a origem lícita dos recursos. 

De acordo com uma investigação da Polícia Federal, do Ministério Público Federal e da Receita Federal, o esquema de criptomoedas de Glaidson Acásio movimentou R$ 38 bilhões. 

Quando o esquema envolvendo a Gas explodiu em 2019, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) chegou a investigar denúncias contra Glaidson, mas ela chegou a conclusão de que mesmo que os indícios sinalizassem uma pirâmide financeira, o esquema não envolvia valores mobiliários, não se encaixando no mercado de capitais regulado.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.