Bolsas de Valores: confira quais AÇÕES mais subiram e caíram neste ano

Pontos-chave
  • O Ibovespa vem apresentando grande oscilação neste ano;
  • Uma credenciadora tem a maior valorização ao longo de 2022;
  • A maior queda foi registrada por uma resseguradora.

Ao longo deste ano, o Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, apresentou grande variação. Entre as ações que compõem a carteira teórica, diversas ações de estatais aparecem na lista das grandes altas no acumulado de 2022, segundo levantamento realizado pelo Valor.

Bolsas de Valores: confira quais AÇÕES mais subiram e caíram neste ano
Bolsas de Valores: confira quais AÇÕES mais subiram e caíram neste ano
(Imagem: Montagem/FDR)

Ao considerar as ações que integram o Ibovespa no acumulado deste ano até o dia 14 de setembro, diversas se destacaram — tanto positivamente quanto negativamente.

Entre as que tiveram as maiores altas de 2022, uma seguradora aparece na primeira colocação. Na outra ponta, entre as principais quedas, a primeira posição é ocupada por uma resseguradora.

Já ao analisar o índice da bolsa de valores brasileira, este aparecia acima dos 100 mil pontos no começo de 2022. Mesmo que tenha chegado a registrar pontuação acima de 120 mil, o indicador também passou a cair abaixo de 100 mil pontos ao longo dos meses. Atualmente, a carteira teórica está próxima dos 110 mil.

Ações da bolsa de valores que mais subiram neste ano

  1. Cielo ON (CIEL3): 134,53%
  2. Petrobras ON (PETR3): 63,04%
  3. Petrobras PN (PETR4): 62,85%
  4. Hypera ON (HYPE3): 55,09%
  5. Banco do Brasil ON (BBAS3): 49,87%
  6. Eletrobras PNB (ELET6): 48,69%
  7. BB Seguridade ON (BBSE3): 45,88%
  8. Assaí ON (ASAI3): 42,97%
  9. CPFL Energia ON (CPFE3): 40,44%
  10. Eletrobras ON (ELET3): 38,34%
  11. Petro Rio ON (PRIO3): 37,45%
  12. Minerva ON (BEEF3): 35,16%
  13. Carrefour BR ON (CRFB3): 32,92%
  14. Multiplan ON (MULT3): 31,19%
  15. Sabesp ON (SBSP3): 29,80%
  16. Itaú Unibanco PN (ITUB4): 29,46%
  17. BTG Pactual Banco UNIT (BPAC11): 28,14%
  18. Arezzo ON (ARZZ3): 24,95%
  19. Taesa UNIT (TAEE11): 23,02%
  20. Cemig PN (CMIG4): 22,71%

A Cielo, que vem registrando o melhor desempenho na bolsa de valores neste ano, também tem apresentado fortes números financeiros.

No segundo trimestre deste ano, a empresa de maquininhas registrou um lucro líquido recorrente de R$ 383,4 milhões. Em comparação ao mesmo período do ano passado, o resultado recentemente aumentou 112,5%.

Em análise após a divulgação dos números trimestrais, analistas do Santander chegaram a aumentar a recomendação de neutra para compra para as ações da Cielo na bolsa de valores.

Os analistas citaram que a companhia registrou resultados em alta em todos os setores (recuperação da receita, volumes sólidos, maior penetração de pré-pagamento e controle de custos).

Ao considerar essas elevações e o forte lucro líquido recorrente, os analistas acreditam “que esse novo nível de lucratividade está aqui para o longo prazo”.

Já na interpretação de analistas do Credit Suisse, a grande performance da Cielo no balanço trimestral indica que o setor de adquirência ainda é um empreendimento lucrativo no Brasil.

Diversas ações na bolsa de valores chegaram a registrar alta acima de dois dígitos neste ano
Diversas ações na bolsa de valores chegaram a registrar alta acima de dois dígitos neste ano (Imagem: Montagem/FDR)

Ações da bolsa de valores que mais caíram neste ano

  1. IRB Brasil Resseguros ON (IRBR3): −70,65%
  2. Méliuz ON (CASH3): −61,42%
  3. Braskem PNA (BRKM5): −47,90%
  4. Embraer ON (EMBR3): −47,06%
  5. Qualicorp ON (QUAL3): −46,57%
  6. CSN ON (CSNA3): −45,83%
  7. Americanas ON (AMER3): −45,81%
  8. Usiminas PNA (USIM5): −44,87%
  9. Yduqs Participações ON (YDUQ3): −43,40%
  10. CVC Brasil ON (CVCB3): −43,00%
  11. Marfrig ON (MRFG3): −42,62%
  12. CSN Mineração ON (CMIN3): −41,41%
  13. Gol PN (GOLL4): −40,63%
  14. Alpargatas PN (ALPA4): −39,89%
  15. Magazine Luiza ON (MGLU3): −38,09%
  16. Via ON (VIIA3): −37,90%
  17. Petz ON (PETZ3): −36,15%
  18. Grupo Natura ON (NTCO3): −34,91%
  19. Raizen PN (RAIZ4): −34,45%
  20. Dexco ON (DXCO3): −31,08%

A IRB Brasil, maior resseguradora do país, vem enfrentando momentos turbulentos nos últimos anos. Nos últimos 12 meses, a empresa chegou a perder R$ 5 bilhões em valor de mercado.

O temor do mercado relativo à companhia passou a existir após a gestora de fundos Squadra publicar cartas questionando a contabilidade da resseguradora. A divulgação aconteceu em fevereiro de 2020.

De modo geral, a indicação era que a rentabilidade recorrente da companhia era muito abaixo do que o mercado pensava ser na ocasião.

Um tempo depois, ainda houve a descoberta de uma fraude que resultou no pagamento de R$ 60 milhões em bônus para um ex-diretor da companhia. Este problema foi identificado por meio de uma investigação interna.

Além disso, também foi descoberto que a resseguradora recomprou mais ações do que o permitido.

No segundo trimestre deste ano, a IRB Brasil registrou um prejuízo líquido de R$ 373,3 milhões. Isso representa um crescimento de 80,4% em comparação ao prejuízo apresentado no mesmo período do ano passado.

De acordo com a empresa, o resultado adverso no segundo trimestre foi negativamente afetado pelos efeitos climáticos que impactaram os contratos de Riscos Rurais.

A quebra da safra do agronegócio vem afetando grandemente a operação da companhia, já que ela lidera o mercado de resseguros da atividade rural brasileira.

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Silvio Suehiro
Silvio Suehiro possui formação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atualmente, dedica-se à produção de textos para as áreas de economia, finanças e investimentos.