Pela segunda vez, o Ministério da Economia revisou a projeção do PIB (Produto Interno Bruto) para este ano, subindo de 2% para 2,7%, e também estimou que a inflação teve queda. Para o resultado do PIB são somados bens e serviços produzidos no país, e sua quantia pode ser usada como referência para determinar o crescimento ou queda da economia nacional.
Por meio do boletim “MacroFiscal”, publicado pela Secretaria de Política Econômica (SPE), o Ministério da Economia fez as suas projeções para os principais índices econômicos do país. Ao se deparar com críticas pelas informações otimistas, o assessor especial da Pasta, Rogério Boueri, disse que a própria equipe econômica havia subestimado os resultados.
O aumento das projeções foram levantadas pela equipe do governo quando o resultado do PIB relativo ao segundo trimestre teve alta de 1,2%. E com isso, ficou acima do esperado por diversos especialistas. De acordo com o Banco Central que realizou uma pesquisa com 100 instituições financeiras, acredita-se que o PIB de 2022 deva crescer 2,39%.
Para a inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o Ministério da Economia espera uma queda de 7,2% para 6,3% em 2022. Principalmente por conta da queda no preço cobrado pelos combustíveis, após pedido do presidente Jair Bolsonaro (PL) que estimulou a redução do imposto estadual ICMS, e do valor cobrado pela Petrobras.
“Essa redução se deve à inflação abaixo do esperado nos últimos meses e reflete principalmente a redução dos preços monitorados como combustíveis“, disse Boueri.
O que influencia no crescimento do PIB 2022
Além do combustível que ajudou na queda para a inflação, outros fatores influenciaram em um resultado positivo para o PIB 2022. Por exemplo o mercado de trabalho, que trouxe bons resultados para o setor de serviços e dos investimentos.
“Espera-se continuidade do crescimento da atividade ao longo deste segundo semestre. As primeiras divulgações para o mês de julho sugerem que indústria, serviços e mercado de trabalho continuam crescendo“, informou o Ministério da Economia, em nota.
Economia em 2023
Com os resultados desse ano, o Ministério da Economia também consegue fazer estimativas para 2023. Para o crescimento da economia acredita-se em uma alta de 2,5%, embora fique acima das estimativas do mercado que acredita no crescimento de 0,5% no PIB de 2023.
Enquanto isso, a estimativa para o IPCA de 2023 é de 4,5%, mas está acima da meta central de inflação para o período, que é de 3,25%. Para o mercado financeiro, de acordo com dados colhidos na semana passada, a inflação oficial somará 6,40% neste ano e 5,17% em 2023.
