Recentemente, o fundo imobiliário Ouroinvest FoF (OUFF11) vem causando discussão entre os investidores de renda variável. O FII planeja oferecer novas cotas pelo seu valor de mercado atual, em vez de se basear no próprio valor patrimonial.
A polêmica com o fundo imobiliário OUFF11 existe porque o atual valor de mercado, próximo a R$ 67, está abaixo do valor patrimonial, de R$ 77 por cota. A situação foi apurada pelo InfoMoney.
Geralmente, para estabelecer um preço justo de um fundo imobiliário, os investidores usam como base o valor patrimonial — que equivale à soma de todos os ativos que integram a carteira do investimento.
Quando os valores das novas cotas são fixados acima do valor patrimonial, os atuais investidores tendem a ser favorecidos. Isso porque a posição destas pessoas se torna maior — mesmo sem participar da oferta.
Por outro lado, na situação de emissão abaixo do valor patrimonial, passa a existir uma redução na posição de quem já possui cotas do fundo imobiliário.
Nesta terça-feira (13), terminou o prazo para que os cotistas votassem sobre uma terceira emissão de cotas do fundo imobiliário. A consulta foi aberta pela gestora do fundo, a Ourinvest Asset.
Em transmissão ao vivo feita pela gestora, o gerente de portfólio na Ourinvest Asset, Daniel Ponczyk, explica que a elevação de capital em FoFs (fundos de fundos) não precisa passar por uma assembleia.
No entanto, o executivo informou que, “em respeito aos cotistas, estamos submetendo esta deliberação e apresentando as razões que consideramos importantes para esta decisão”.
Segundo o sócio-diretor da Ourinvest Asset, Rossano Nonino, com os valores captados, o FII conseguiria aproveitar as oportunidades no mercado. Segundo ele, estas poderiam, futuramente, gerar valor para a carteira.
O fundo imobiliário OUFF11
O Ouroinvest FoF é um fundo de fundos, que aplica em cotas de outros fundos imobiliários. Conforme sua política de investimentos, o gestor efetua as aplicações que compõem o fundo.
O OUFF11 realiza a aplicação nos seguintes valores mobiliários, respeitadas as exigências e disposições relacionadas à política de investimentos presentes em regulamento:
- cotas de outros fundos de investimento imobiliário, prioritariamente;
- letras hipotecárias (LH);
- letras de crédito imobiliário (LCI);
- certificados de recebíveis imobiliários (CRI);
- demais títulos e valores mobiliários que sejam ou venham a ser permitidos pela legislação ou regulamentação aplicável, como a Letra Imobiliária Garantida (LIG).
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