A companhia IGB Eletrônica, proprietária da conhecida marca Gradiente está lidando com um prejuízo de cerca de R$500 milhões desde 2012. A empresa anunciou na última sexta, 9, que sua controladora, a HAG Holding, pode sair da Bolsa de Valores.
Para que essa saída seja possível, a empresa vai disponibilizar uma oferta pública de aquisição, pagando R$40,51 por ação ordinária. A solicitação foi encaminhada para CVM (Comissão de Valores Mobiliários). A controladora possui 51% da Gradiente. Na segunda, 12, os ativos IGBR3 passaram por uma alta de 27,44%.
A empresa cresceu 27,44%, para R$33,30. Este disparo aconteceu depois da companhia comunicar que a acionista controladora que possui cerca de 51% de seu capital, a HAG Holding, levou à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) a solicitação de cancelamento de registro de companhia aberta.
A empresa informou que o preço pago por ação ordinária aos acionistas será de R$ 40,51, corrigido pela taxa Selic.
No ano passado, a companhia registrou um prejuízo líquido de R$54,1 milhões, com uma queda de 36,1% das perdas ante 2020. De acordo com a fonte do portal Mundo Conectado, “o principal motivo para o fechamento de capital é reduzir custos, hoje para manter o capital aberto é cerca de R$ 1,5 milhão por ano, além de eliminar a especulação envolvendo os papéis”.
Crise da IGB Eletrônica
A companhia IGB tem cerca de 850 acionistas minoritários, deste total, 751 detém ao menos mil ações. Seu faturamento é oriundo de aluguéis de fábricas na Zona Franca de Manaus.
Por conta desta complicada fase, que se arrasta há bastante tempo, os responsáveis enxergam no licenciamento da marca para uso de terceiros uma luz no fim do túnel, mesmo que não estejam sendo aplicadas as investidas necessárias para que este licenciamento seja possível.
A empresa, fundada em outubro de 1964 no bairro Pinheiros, em São Paulo, cresceu fortemente durante a década de 1970 devido principalmente a três fatores: a limitação da importação de equipamentos eletrônicos. Em 2018, a Gradiente retornou novamente ao mercado de eletrônicos depois de 5 anos, voltando a operar na Zona Franca de Manaus.
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