Mais brasileiros aplicam em INVESTIMENTO que está em BAIXA

Em julho, o número de investidores pessoa física em criptomoedas aumentou para 1,33 milhão. Isso representa um crescimento de 68% em comparação ao mês anterior, quando havia 794 mil investidores. Os dados relativos a esse investimento fazem parte de relatório divulgado pela Receita Federal.

Mais brasileiros aplicam em INVESTIMENTO que está em BAIXA
Mais brasileiros aplicam em INVESTIMENTO que está em BAIXA (Imagem: Montagem/FDR)

Pela primeira vez, desde quando a Receita Federal passou a divulgar o informe de operações, em 2019, o número de investidores pessoa física neste investimento de renda variável superou a casa do milhão.

Os números levam em conta os investidores pessoa física que compraram criptomoedas, conforme dados repassados por exchanges de moedas digitais que atuam no país.

Os dados também consideram os reportes feitos diretamente por investidores individuais ou companhias. Nesta última situação, a Receita leva em conta somente caso os valores transacionados fiquem acima de R$ 30 mil no mês.

Volumes de compras de criptomoedas

Apesar do aumento no número de investidores, houve uma redução no volume de compras de criptomoedas. Em julho, o volume em reais chegou a R$ 13,7 bilhões. Em comparação ao mês anterior, houve uma redução de 11% — quando tinha chegado a R$ 12,2 bilhões.

Ao considerar o bitcoin, principal moeda digital do mercado, os brasileiros comparam R$ 1,7 bilhão em julho. Neste caso, a redução em relação ao mês anterior foi ainda maior: de 26%.

Criptomoedas enfrentam momento de baixa recente

Nos últimos meses, o universo das criptomoedas vem enfrentando momentos difíceis. O bitcoin, por exemplo, vem sendo cotado a aproximadamente US$ 20 mil. O valor deste investimento está muito abaixo em relação à máxima histórica registrada em novembro do ano passado — quando atingiu US$ 69 mil.

Alguns fatores vêm influenciando negativamente o preço das criptomoedas. Cada vez mais, as moedas digitais estão ligadas aos investimentos tradicionais. Em meio a isso, as criptos vêm sendo impactadas por questões macroeconômicas.

O cenário após a pandemia de coronavírus resultou em diversas mudanças globais, como aumento dos juros e inflação. Atualmente, como forma de conter os preços, diversos governos têm elevado as respectivas taxas de juros.

Conflitos geopolíticos também vêm causando oscilação nos mercados. Recentemente, a guerra entre Rússia e Ucrânia causou, mesmo que de modo indireto, influência em variados ativos. O conflito bélico no leste da Europa acontece desde o fim de fevereiro deste ano.

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Silvio Suehiro
Silvio Suehiro possui formação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atualmente, dedica-se à produção de textos para as áreas de economia, finanças e investimentos.