Preço da CESTA BÁSICA cai na maioria das capitais em agosto

Em agosto, preço da cesta básica registrou queda em 16 das 17 capitais analisadas pela Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, divulgada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mensalmente.

Preço da CESTA BÁSICA cai na maioria das capitais em agosto
Preço da CESTA BÁSICA cai na maioria das capitais em agosto (Imagem: FDR)

Entre as capitais analisadas, Recife foi a que teve a maior redução no preço da cesta básica (-3,00%). Em seguida, aparecem as capitais Fortaleza (-2,26%), Belo Horizonte (-2,13%) e Brasília (-2,08%). Por outro lado, a alta foi observada em Belém (0,27%).

A capital onde teve o maior custo da cesta básica foi Porto Alegre (R$ 749,78). As demais capitais com maiores preços no conjunto de alimentos foram Porto Alegre (R$ 748,06), Florianópolis (R$ 746,21) e Rio de Janeiro (R$ 717,82).

No caso das capitais do Nordeste e Norte, onde há diferença na composição da cesta básica, os menores custos foram observados em Aracaju (R$ 539,57), João Pessoa (R$ 568,21) e Salvador (R$ 576,93).

No acumulado deste ano, o valor da cesta básica registrou alta em todas as cidades analisadas. As capitais que tiveram os maiores aumentos nos preços dos alimentos básicos foram Belém (14,00%), Aracaju (12,87%) e Recife (12,35%).

Ao levar em conta a capital com a cesta básica mais cara — que é São Paulo —, o Dieese calculou que o salário mínimo necessário para que uma família de quatro anos se mantenha deveria ter sido de R$ 6.298,91. Isso equivale a 5,20 o piso nacional atual, de R$ 1.212.

Para essa análise, o Dieese considera a determinação constitucional que prevê que o salário mínimo precisa ser suficiente para suprir todas as despesas de um trabalhador brasileiro e da família — com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência

Comparação da cesta básica com o salário mínimo

Em agosto, o tempo médio necessário para comprar os alimentos da cesta básica foi de 119 horas e 08 minutos. No mesmo período do ano passado, em média, a jornada necessária era de 113 horas e 49 minutos.

Ao comparar o custo da cesta básica e o salário mínimo líquido — ou seja, após descontar os 7,5% relativos à Previdência Social —, o Dieese aponta que o trabalhador remunerado pelo piso nacional, em média, gastou 58,54% do rendimento para comprar os alimentos básicos em agosto.

Em comparação ao mesmo período de 2021, o trabalhador precisava comprometer 55,93% do piso nacional. Na época, o salário mínimo era de R$ 1.100.

Confira a calculadora de compra à prazo vs. à vista do FDR:

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Silvio SuehiroSilvio Suehiro
Silvio Suehiro possui formação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atualmente, dedica-se à produção de textos para as áreas de economia, finanças e investimentos.
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