Recentemente, a revista Forbes dos Estados Unidos publicou uma reportagem a respeito de um levantamento de dados de exchanges do mundo todo, com o objetivo de verificar o volume de bitcoin negociado e que é informado de forma espontânea. A reportagem concluiu que ao menos metade do giro realizado com a criptomoeda mais usada do mundo pode ser falso.
Na análise realizada pela revista, é explicado que ela utilizou ferramentas quantitativas e qualitativas para fazer o ajuste da quantidade de negociações informadas pelas exchanges.
“Ao contrário de outros métodos que realizam testes em dados transacionais (que podem ser enganosos), a Forbes classificou a credibilidade das informações prestadas por uma empresa de cripto, avaliando cinco conjuntos de dados que, juntos, inspiram ou diminuem a confiança nas informações auto-relatadas por elas”, dizia o texto.
As informações que foram divulgadas de forma pública podem ser encontradas em quatro portais de dados sobre o mercado, CoinMarketCap, CoinGecko, Nomics e Messari, fora diversas exchanges e dois outros provedores de informações de terceiros.
Segundo o texto da revista, foram “descontados” destes dados percentuais no volume negociado que foi informado pelas exchanges, baseado em uma metodologia criada sob dez fatores, entre os quais se existe um órgão regulador local, métricas de tráfego on-line de uma exchange e o tamanho previsto da equipe de profissionais, e outros.
“Também foram utilizados o número e a qualidade das licenças de criptografia como proxy para avaliar a sofisticação de cada exchange em questões relacionadas à regulamentação e segurança dos clientes”, explicava a reportagem.
“Se uma empresa mostra um compromisso com a transparência realizando provas de reserva de token ou participando de pesquisas dentro dos critérios da Forbes, ela se qualifica para um ‘crédito de transparência’ que reduz qualquer ajuste que possa ser aplicado”, esclareceu.
Usando esta metodologia, a Forbes Americana fez a avaliação de 157 exchanges de criptomoedas do mundo todo. Foi concluído pela reportagem que 48 exchanges, que receberam abatimentos de 0% a 25% no volume divulgado, movimentaram US$ 39 bilhões em bitcoin em todos os mercados – à vista, derivativos e futuros em 14 de junho (data base da pesquisa).
Já outras 73 exchanges, que obtiveram descontos de 26% a 79% em seu volume de negócios comunicado, movimentaram US$ 81 bilhões em bitcoin, contra os US$ 158 bilhões que apresentaram de forma oficial.